1 de maio: Trabalhadores Cristãos pedem «especial atenção» para migrantes

Movimentos laborais e sociedade em geral desafiados a lutar pelos direitos dos que deixam o seu país em busca de uma vida melhor

Lisboa, 26 abr 2011 (Ecclesia) – O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) quer fazer do próximo dia 1 de maio um tempo de “especial atenção e solidariedade” para todos os migrantes.

“Estas pessoas não são criminosas nem interesseiras, como nos querem fazer acreditar alguns Governos, mas pessoas que deixam tudo à procura de trabalho, pessoas que lutam pela própria sobrevivência e a dos seus familiares” realça o organismo, num comunicado enviado à AGÊNCIA ECCLESIA.

Antecipando as comemorações marcadas para o próximo domingo, Dia Internacional dos Trabalhadores, o MMTC desafia todos os seus membros e a sociedade em geral “para que unam as suas forças na luta por uma vida digna para todos os migrantes, lutando contra a sua discriminação e exploração”.

Sob o lema bíblico “Fui estrangeiro e me recebestes”, sindicatos, movimentos laborais e organizações sociais são chamados a ser uma voz ativa na promoção dos direitos daqueles que, por uma multiplicidade de fatores, têm de abandonar a pátria para conseguirem uma “vida melhor”, deixando a família, arriscando a vida, sujeitando-se à discriminação, ao emprego precário, isto quando lhes é concedido um visto de entrada e estadia.

“Quem deixa o seu país enfrenta realidades inesperadas, pondo-se muitas vezes nas mãos de desconhecidos que não dão informações fiáveis, que usam e se aproveitam da dor, da necessidade e da falta de conhecimento” apontam os trabalhadores cristãos.

Para além de “criar consciência nos países a que chegam os migrantes e refugiados”, para que as nações percebam o “alto valor humano” destas pessoas, é preciso alterar o paradigma económico dominante.

“São mão de obra barata e potencial de emprego descartável, para que nos países ricos os preços sejam mais baixos” lamenta o mesmo organismo.

Os trabalhadores cristãos querem sobretudo maior “justiça” no tratamento de uma comunidade migrante que, em Portugal, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), atinge atualmente as 440 mil pessoas.

JCP

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