Lisboa: Páscoa dá sentido à «luta» por uma «humanidade mais digna», afirma cardeal-patriarca

D. José Policarpo pede «verdade» na celebração da missa

Lisboa, 18 abr 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca afirmou este domingo na sé de Lisboa que celebrar a Páscoa, a mais importante festa dos cristãos, significa dar sentido à “luta presente” por “uma humanidade mais digna do homem” e por “uma Igreja mais fiel”.

Na sua última catequese da Quaresma, enviada à Agência ECCLESIA, D. José Policarpo interpelou a assembleia sobre as implicações das celebrações pascais na vida dos fiéis: “Qual é a densidade existencial da Páscoa deste ano, para cada um de nós, para a Igreja e para a humanidade por quem Cristo morreu na Cruz?”.

“Este é o dilema da nossa Páscoa: é apenas uma cerimónia religiosa que evoca um passado, a ceia pascal de Cristo com os seus discípulos, como o crucifixo nos recorda o Calvário? Ou tem a densidade do drama da Igreja e da humanidade atuais, na sua peregrinação para a liberdade, isto é, para a plenitude da vida?”, questionou.

Depois de lembrar que a Páscoa, palavra que significa ‘passagem’, é uma transição “da escravidão à liberdade”, José Policarpo frisou que a sua celebração baseia-se e tem consequências no “realismo” da sociedade: “Demos à nossa Páscoa deste ano a densidade da atualidade”, apelou.

José Policarpo lembrou que a Páscoa é assinalada em cada missa, celebração que constitui um “desafio renovador, sobre o concreto da vida de cada homem, de cada comunidade, de cada nação, de toda a humanidade”.

O prelado pediu “verdade” na celebração da eucaristia, nomeadamente no modo como se escutam as leituras bíblicas, na “intensidade” da união a Deus e aos seres humanos, na “humildade” ao reconhecer os pecados e na “sinceridade” do “amor fraterno”.

“Na sua Páscoa, Cristo abraçou, com o amor infinito de Deus, todos os homens”, sublinhou o cardeal-patriarca de Lisboa, acrescentando: “Quem não acreditar que esse abraço de Deus, se dirige a cada um de nós, no momento presente da nossa vida, não pode viver plenamente a Eucaristia”.

As seis catequeses quaresmais que José Policarpo proferiu semanalmente desde 13 março foram dedicadas ao tema ‘Aspetos gerais da vida da Igreja, cujo aprofundamento é exigido pela Nova Evangelização’.

RM

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