Em cima da mesa estarão sobretudo «as dificuldades encontradas pela Igreja na transmissão do Evangelho às populações chinesas»
Cidade do Vaticano, 09 abr 2011 (Ecclesia) – Bento XVI começa a reunir este domingo com uma Comissão especialmente criada para debater a situação pastoral da Igreja Católica na China.
De acordo com a sala de imprensa do Vaticano, neste ciclo de encontros, que se prolongará até ao próximo dia 13 de abril, terá uma “especial referência para as dificuldades encontradas pela Igreja na transmissão do Evangelho às populações chinesas, perante as atuais condições sociais e culturais”.
Recorde-se que, em 2010, contrariando uma prática que se mantinha há vários anos, o regime chinês ordenou um bispo sem o consentimento do Papa e a Associação Patriótica Católica (APC), subordinada a Pequim, promoveu uma assembleia de representantes católicos, afrontando o Vaticano.
A APC foi criada em 1957, precisamente para evitar “interferências estrangeiras”, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.
No início deste ano, Bento XVI chegou mesmo a pedir que “os crentes não se vissem lacerados entre a fidelidade a Deus e a lealdade à sua pátria”.
Trata-se da quarta vez que esta comissão se reúne, desde que foi criada pelo Papa em 2007 – dela fazem parte vários responsáveis da Cúria Romana, bispos e representantes das ordens religiosas chinesas.
Nas duas ultimas reuniões, estes responsáveis abordaram a formação humana, intelectual, espiritual e pastoral dos seminaristas e de pessoas consagradas e a formação permanente dos sacerdotes.
JCP