Membro honorário da Academia Pontifícia para a Vida reconhecido pelo seu percurso profissional nas áreas da anatomia patológica e da bioética
Lisboa, 07 abr 2011 (Ecclesia) – O médico Daniel Serrão recebe hoje no Porto o Prémio Nacional de Saúde 2010, que lhe foi atribuído em outubro do ano passado numa decisão unânime do júri.
A entrega é feita na sessão solene do Dia Mundial da Saúde, que vai decorrer no Mosteiro de São Bento da Vitória.
Uma nota da Direção Geral da Saúde (DGS) sublinha os vários contributos de Serrão, membro honorário da Academia Pontifícia para a Vida (Vaticano), mormente “o notável impulso do laureado para o desenvolvimento da Anatomia Patológica no pPaís, a dedicada atenção concedida à reflexão sobre o futuro, a estrutura e a sustentabilidade do sistema nacional de saúde e ainda a sua projeção internacional no campo da patologia e na área da ética médica e da bioética”.
Daniel dos Santos Pinto Serrão nasceu em Vila Real, no dia 1 de março de 1928 eicenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1951.
Foi professor catedrático de Anatomia Patológica na Faculdade de Medicina do Porto e diretor do serviço de Anatomia Patológica do Hospital de S. João.
Nomeado por Conselho de Ministros, em 1996, para presidir ao Conselho de Reflexão sobre a Saúde, coordenou a elaboração de um Livro Branco «Recomendações para uma Reforma Estrutural da Saúde», tendo algumas das propostas de recomendações para a sustentabilidade do sistema de saúde português vindo a ser introduzidas no sistema de saúde português.
“Todo o seu labor na área da Bioética justifica plenamente ter sido nomeado pela Academia das Ciências como membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, bem como ter sido designado membro da Academia Pontifícia para a Vida, por convite do Papa João Paulo II, em 1994, fazendo parte dos primeiros académicos que a constituem”, assinala a DGS.
Daniel Serrão foi agraciado, em novembro de 2008, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada pelo presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reconhecendo o seu contributo para o desenvolvimento da bioética no país.
OC