Diferenças entre os fiéis «são dons e riquezas para a beleza de todos» desde que conduzam à «comunhão», escreve D. Ilídio Leandro
Viseu, 30 Mar (Ecclesia) – O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, considera que a renovação, o anúncio da mensagem cristã, a evolução na História, a igualdade e a co-responsabilidade constituem as principais características dos fiéis da Igreja católica.
Na terceira conferência da Quaresma, lida esta terça-feira em Oliveira de Frades por um membro da comunidade paroquial, o prelado recorreu à imagem bíblica da videira e dos seus ramos para explicar a orgânica da Igreja, que supõe “unidade” e “diversidade”.
Depois de recordar que “dentro de dois anos” serão ordenados “alguns” diáconos permanentes, o texto de Ilídio Leandro, a que a Agência ECCLESIA teve acesso, salientou que as diferenças entre os fiéis “são dons e riquezas para a beleza de todos”, desde que conduzam à “comunhão”.
A intervenção expressou a variedade de vocações e funções existentes na diocese viseense ao nomear onze ministérios (oito dos quais atribuíveis a leigos), cerca de uma dezena de serviços, mais de vinte movimentos, quinze congregações religiosas e três institutos de consagração laical.
“Nunca, na Igreja, se pode exercer o ministério – qualquer que seja – fora da comunhão e fazendo valer a autoridade de impor uma visão pessoal”, refere o bispo de Viseu no texto intitulado “Igreja – Povo de Deus”.
A alocução enquadrou-se no tema geral das reflexões que Ilídio Leandro apresenta este ano durante a Quaresma: a relação entre o sínodo diocesano que decorre de 2010 a 2015 e a ‘Lumen Gentium’, um dos documentos mais importantes do Concílio Vaticano II (1962-1965), que versa sobre a ligação da Igreja à sociedade.
A conferência vai ser novamente proferida esta sexta-feira, em Penalva do Castelo, desta vez pelo próprio autor, Ilídio Leandro.
Os sínodos diocesanos são assembleias consultivas destinadas a discutir questões importantes das Igrejas particulares.
A Quaresma, que este ano começou a 9 de Março (quarta-feira de Cinzas), é um período de 40 dias marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que servem de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário dos cristãos.
RM