Bento XVI convida os padres a passarem mais tempo nos confessionários
Cidade do Vaticano, 25 Mar (Ecclesia) – Bento XVI afirmou hoje que a confissão tem um “valor pedagógico”, sobretudo para os padres, convidando-os a passar mais tempo no confessionário.
“A fiel e generosa disponibilidade dos sacerdotes para a escuta das confissões, a exemplo dos grandes Santos da história, indica-nos a todos nós como o confessionário pode ser um lugar de santificação”, referiu.
Falando aos participantes num promovido pela Penitenciaria Apostólica, da Santa Sé, o Papa ressaltou a importância de aprofundar os temas relativos à penitência.
O sacramento da penitência, também conhecido por reconciliação ou, mais popularmente, por confissão, evoluiu, na sua forma concreta, ao longo dos séculos e implica a declaração, por parte do fiel católico, dos actos considerados como pecado, a absolvição do sacerdote ou do bispo que escuta a confissão e o cumprimento da penitência imposta pelo confessor.
“A missão sacerdotal constitui um ponto de observação único e privilegiado de onde se pode contemplar quotidianamente o esplendor da Misericórdia divina”, disse o Papa, “tocar com as mãos os efeitos salvíficos da Cruz e da ressurreição de Cristo, em todos os tempos e em cada pessoa”.
Segundo Bento XVI, “a confissão íntegra dos pecados educa o penitente à humildade, ao reconhecimento da própria fragilidade, a ter consciência da necessidade do perdão de Deus e confiar que a graça divina pode transformar a vida”.
O Papa afirmou que num tempo “caracterizado pelo burburinho, as distracções e a solidão”, o encontro entre penitentes e confessores pode ser “uma das poucas, se não a única oportunidade para ser ouvido verdadeiramente e em profundidade”.
Nesse sentido, Bento XVI voltou a pedir aos padres que procurem encontrar “o espaço oportuno para o ministério da penitência no confessionário”, como “sinal humano de acolhimento e da bondade de Deus”.
OC