Igrejas cristãs pedem acordo para a Constituição Europeia Os líderes das Igrejas cristãs europeias reuniram-se ontem com a presidência irlandesa da UE para pedirem aos Estados-membros que assumam um compromisso efectivo para levar a bom termo o processo de redacção da futura Constituição Europeia, em diálogo com as comunidades religiosas da União. “Este documento oferece uma oportunidade para que as instituições da UE discutam assuntos de mútuo interesse com as comunidades religiosas”, afirmaram as delegações da comissão das Conferências Episcopais da comunidade europeia (COMECE) e a comissão para a sociedade da Conferência de Igrejas europeias (CEC). A possibilidade de uma referência “aberta e inclusiva” ao Cristianismo no texto constitucional foi mais uma vez, referida, com as delegações a vincarem que “reconhecer o facto histórico da contribuição cristã para Europa não pretende privilégios, mas ajudaria muitos cidadãos a identificar-se mais de perto com a União”. A COMECE e a CEC foram recebidas em Dublin pelo Taoiseach irlandês, Bertie Ahern, a quem manifestaram a sua satisfação pela abertura ao diálogo com as comunidades religiosas por parte da UE. De entre as iniciativas recentes, neste âmbito, as representações cristãs destacaram a adopção da “Declaração sobre Diálogo entre confissões” e o seminário sobre anti-semitismo, organizado pela Comissão Europeia no passado dia 19 de Fevereiro. Em relação ao processo de alargamento e integração de 10 novos membros, as Igrejas europeias pediram “especial atenção aos problemas da inclusão social e apoio à família”, que deverá passar por uma revisão da Estratégia de Lisboa sobre o crescimento económico na cimeira de Bruxelas, a ter lugar de 25 a 26 de Março. Uma última palavra foi para a situação dos refugiados e requerentes de asilo, que a COMECE e a CEC consideram ameaçada pela actual política da União.
