Cultura: «Um livro pode ser uma óptima companhia»

A escritora Alice Vieira fala da relação com as suas obras e os leitores

Lisboa, 03 Mar (Ecclesia) – A escritora Alice Vieira acredita que “um livro pode ser uma óptima companhia”, numa sociedade onde cada vez menos pessoas convivem umas com as outras.

“Aquilo que eu gostava era que os meus leitores, no final de os lerem, se sentissem um bocadinho mais felizes, olhassem para o que está em volta e pensassem em si próprios e na vida” afirmou a autora, em declarações ao Programa da Igreja Católica na Antena 1, emitido esta quarta-feira.

Figura proeminente da literatura infanto-juvenil portuguesa, com uma carreira de 31 anos, feita em paralelo com a actividade jornalística, Alice Vieira sempre apostou num estilo de escrita que “não tapasse os olhos” às pessoas.

[[a,d,1851,(emissão 02-03-2011) ]] “Os meus temas são potencialmente temas de actualidade, jovens que vivem agora, nesta sociedade, com estes problemas, porque gosto muito mais do que estar a fazer efabulações”, sustenta.

Apesar de escrever sobre a realidade que a rodeia, a autora revela que “normalmente não sabe o que vai fazer” e confessa ser “muito exigente” consigo própria.

 “Quando tenho a mínima das dúvidas de que sou capaz de fazer melhor, deito tudo fora e começo do princípio” revela Alice Vieira, para quem as suas obras espelham uma “visão” pessoal da História, um conjunto de “vivências” que são passadas para os leitores.

No meio de histórias mais ou menos felizes, a escritora propõe também aos leitores a experiência do silêncio, “hoje uma coisa tão difícil e muito necessário”.

O Programa da Igreja Católica na Antena 1 está a apresentar espaços recheados de “companhia”, como o livro, a rádio, o voluntariado e a família, até ao próximo dia 4 de Março.

PRE/JCP

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