Europa: Cristãos pedem políticas comuns em defesa da liberdade religiosa

Líderes das Igrejas europeias escrevem à Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros

Belgrado, Sérvia, 21 Fev (Ecclesia) – Os líderes cristãos da Europa pediram hoje que as políticas comunitárias tenham mais em conta a salvaguarda da liberdade religiosa e a protecção das comunidades cristãs, um pouco por todo o mundo.

“A referência à perseguição dos cristãos, cuja urgência tem sido constatada através de acontecimentos recentes (particularmente no Médio Oriente, no Iraque) não pode ser esquecida ou enterrada por políticas abstractas e infrutíferas” pode ler-se num comunicado conjunto do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e dos representantes da Conferência das Igrejas Europeias (CEC), enviado à Agência ECCLESIA.

Os responsáveis cristãos enviaram uma carta a Catherine Ashton, Alta Representante da União Europeia para as áreas dos Negócios Estrangeiros e Políticas de Segurança, no sentido de colocarem este tema em cima da mesa de debate, hoje, em Bruxelas.

Num dia em que os diversos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia estão reunidos para debaterem a instabilidade que se abateu sobre o mundo árabe, CCEE e CEC defendem que “os países europeus deviam mostrar-se empenhados em proteger todos aqueles que são perseguidos por causa da sua fé, seja ela qual for”.

Os membros destas organizações cristãs esperam ainda que seja dado “um sinal claro” no que respeita à definição de políticas comuns da União Europeia, na defesa da liberdade religiosa, a nível europeu e mundial.

Na conclusão do seu encontro anual, entre 17 e 20 de Fevereiro, em Belgrado, capital da Sérvia, os membros da CCEE e da CEC sublinham que “a liberdade religiosa é um direito e um valor que cada sociedade democrática deveria promover e salvaguardar”.

A religião “não pode ser relegada para o domínio da vida privada” acrescentam aqueles responsáveis, que esperam que “o ecumenismo, enquanto espaço de encontro entre pessoas, comunidades e tradições, possa crescer”, e que os cristãos se tornem “construtores de uma paz verdadeira, enraizada nos corações de pessoas e nações”.

CCEE e CEC revelam que, ao longo deste ano, vão estudar mais de perto as relações e os desafios estabelecidos entre cristãos e muçulmanos, projectando constituir uma plataforma de partilha de experiências, principalmente entre a Europa e o Médio Oriente.

JCP

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