Governo comparticipa com 75% da verba Depois de algum tempo de espera, “foi possível entregar a reconstrução de algumas Igrejas da Ilha do Faial a empreitadas” porque “tivemos um aval do governo para contrair um empréstimo bancário no valor de 4 milhões de contos” – disse à Agência ECCLESIA D. António Sousa Braga, Bispo de Angra, que está em visita pastoral à Ilha do Faial. E acentua: “um empréstimo em que o governo comprometeu-se a comparticipar em 75% das verbas”. Nesta quaresma, de 7 a 13 de Março, o prelado desloca-se àquela ilha do grupo central para apoiar as “comunidades neste processo de reconstrução das igrejas”. Um processo que tem sido “bastante moroso” porque só agora “começamos as reconstruções de maior dimensão”. Como avaliação dos três primeiros dias, o prelado adiantou que ainda está na primeira paróquia (Pedro Miguel) mas que “verifica-se um decréscimo na prática dominical”. Consequências da comunidade estar “seis anos sem igreja” – mencionou. As pessoas ficaram também “descrentes em relação à possibilidade de se restaurar a Igreja”. E acentua: “mas o ânimo volta”. Com o sismo registado naquela ilha, em 1998, uma percentagem muito alta das habitações ficou danificada. Por isso, “nós demos prioridade à reconstrução das casas para as famílias”. Processo que está “quase concluído”. Depois deste trabalho justifica-se que haja uma congregação “de esforços na recuperação das estruturas comunitárias, com as igrejas à cabeça” – disse o bispo de Angra. Depois daquele cenário dantesco, estado em que ficou a ilha do Faial depois do Sismo, D. António Sousa Braga encontrou um “território renovado” mas “a vida social é diferente”. Para reconstruir a Ilha foi necessário requisitar imigrantes e agora já “não há aquela pacatez, tranquilidade e segurança” – afirmou o prelado. No sentido auxiliar os «novos residentes», a Igreja daquela ilha constitui um “grupo de apoio jurídico e uma escola de português, sobretudo para os ucranianos” – finalizou.
