Bento XVI recebeu delegação luterana da Alemanha e deixou mensagem de «esperança» no futuro
Cidade do Vaticano, 24 Jan (Ecclesia) – Bento XVI admitiu hoje, no Vaticano, que a unidade “plena e visível” entre os fiéis das várias Igrejas “parece ter-se novamente afastado”, mas deixou uma palavra de “esperança” para o futuro.
O Papa recebia em audiência uma delegação da Igreja evangélica luterana da Alemanha, no penúltimo dia da semana de oração pela unidade dos cristãos, assinalada anualmente no hemisfério norte de 18 a 25 de Janeiro.
Após 50 anos de trabalho, disse Bento XVI, persistem “diferenças teológicas nalgumas questões fundamentais” entre católicos e luteranos, que, apesar disso, lançaram a base de uma comunhão vivida “na fé e na espiritualidade”.
“O compromisso da Igreja Católica em relação ao ecumenismo não é apenas uma estratégia de comunicação num mundo que se está a transformar, mas sim uma obrigação fundamental para a Igreja, a partir da sua missão”, disse.
A passagem da delegação alemã pelo Vaticano assinala os 500 anos da visita a Roma de Martinho Lutero (1483-1546), a qual, segundo os seus biógrafos, terá estado na origem da Reforma Protestante, do século XVI, dado que o monge alemão terá ficado chocado com o comércio de cargos eclesiásticos e de indulgências.
A este respeito, o Papa desejou que em 2017, por ocasião dos 500 anos da publicação das teses de Lutero que assinalam o início da Reforma, luteranos e católicos procurem “celebrar a nível mundial uma memória ecuménica comum”.
Na tarde de Terça-feira, 25 de Janeiro, dia da festa litúrgica da conversão do Apostolo Paulo, Bento XVI vai presidir à celebração das vésperas, na basílica de São Paulo Fora dos Muros, com representantes das Igrejas e comunidades eclesiais presentes na cidade de Roma.
OC