Cerimónia presidida por D. José Policarpo marca final de 3 anos de trabalhos de restauro
Lisboa, 22 Jan (Ecclesia) – A igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, reabriu hoje ao público, numa cerimónia presidida por D. José Policarpo.
Depois de três anos de intervenções, a celebração aconteceu no dia de São Vicente, padroeiro do Patriarcado.
“Quisemos que a reabertura desta Igreja, dedicada a São Vicente, Padroeiro da Diocese e protector da Cidade de Lisboa, se realizasse na solenidade litúrgica do Mártir São Vicente. Esta circunstância permite um gesto de grande significado histórico: venerar, nesta Igreja, as relíquias do Santo Mártir de Saragoça”, disse o Patriarca de Lisboa.
Dedicado ao mártir São Vicente, o mosteiro erguido no século XII e depois reconstruído mais tarde, situava-se longe da povoação do Castelo, por isso lhe chamaram São Vicente de Fora.
Actualmente o mosteiro está entregue ao Patriarcado de Lisboa, sendo propriedade do Estado português.
O edifício alberga a Cúria de Lisboa, com os serviços pastorais e demais serviços necessários para o funcionamento de uma diocese.
O Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa tem aí a sede e dispõe de um núcleo museológico: ao lado da igreja, pode ver-se uma exposição sobre as fábulas de La Fontaine – em azulejo –, uma exposição arqueológica com os achados no aterro que se encontrava nos terrenos do mosteiro e ainda algumas peças encontradas na vida do mosteiro.
“A exposição mais emblemática diz respeito ao espólio do Patriarca de Lisboa: numa linha contínua histórica, os visitantes podem saber a história da Igreja inserida na história mundial e nacional”, assinala comunicado do Patriarcado, enviado à Agência ECCLESIA.
Em toda a exposição encontram-se objectos pertencentes aos Patriarcas de Lisboa, desde o início da entrega do título até aos momentos actuais.
A igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora, que começou a ser construída em 1582, foi alvo de obras depois de se ter registado o desprendimento de estuques do tecto e de troços de alvenaria no Verão de 2008.
O padre Álvaro Ferreira Bizarro, ecónomo diocesano, assinala, também em comunicado, que o processo de intervenção nas obras de restauro consistiu na resposta adequada às “patologias identificadas”, procurando “utilizar materiais duradoiros, compatíveis, e aplicados com o máximo rigor de modo a reduzir ao mínimo os cuidados de manutenção, tornando-os financeiramente sustentáveis”.
“O Patriarcado, com o acompanhamento técnico do Estado, empenhou-se na solução dos problemas de fundo que danificavam a igreja, originados por infiltrações de água e de outros agentes que, em resultado de inadequadas intervenções e ausência de manutenção, tinham danificado gravemente o Templo e punham em causa a segurança dos utilizadores”, acrescenta.
VV/OC