Lisboa, 16 Jan (Ecclesia) – O bispo do Funchal, D. António Carrilho, considerou o anúncio da beatificação de João Paulo II, marcada para 1 de Maio, como uma “imensa alegria”.
Em nota oficial, enviada à Agência ECCLESIA, o prelado considera que a decisão do Vaticano cumpre “o desejo e o pedido da multidão, que se congregou em Roma, por ocasião da sua morte”, aludindo ao facto de no funeral do Papa polaco terem surgido tarjas e gritos de «Santo subito» (Santo já).
“Era o grande clamor do Povo de Deus que, reconhecendo a santidade daquela invulgar figura de Pastor da Igreja Universal, queria vê-lo proclamado na heroicidade das suas virtudes, como modelo no seguimento de Cristo e como intercessor, a quem recorrer em nossas necessidades e a favor da Igreja e deste Mundo, que tanto amava”, escreve.
D. António Carrilho diz que “não há dúvidas de que a Beatificação de João Paulo II toca, profundamente, as pessoas crentes e até muitos não crentes, que o admiravam e tinham por ele uma grande simpatia”.
Segundo o bispo do Funchal, olhar para João Paulo II “é contemplar alguém como nós, muito humano e cheio de Deus, sentindo e preocupando-se com os problemas de todos, buscando e lutando pelas melhores soluções e respostas, não só para as questões religiosas, mas de um modo geral para todas as questões humanas e sociais, na defesa dos valores da vida e da dignidade dos homens e das mulheres, das crianças e dos jovens, dos idosos e dos doentes”.
O prelado destaca “vários encontros” com João Paulo II, nomeadamente enquanto director do Secretariado Nacional da Educação Cristã, e recorda que foi o Papa polaco quem o nomeou bispo e enviou para auxiliar da diocese do Porto, em Fevereiro de 1999.
OC