Migrações: Papa alerta para a situação dos cristãos obrigados a sair das suas terras

Bento XVI assinala Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

Cidade do Vaticano, 16 Jan (Ecclesia) – Bento XVI lembrou hoje os cristãos que são “obrigados” a deixar a sua terra, numa intervenção que assinalava o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado em toda a Igreja Católica.

“Muitas vezes, os cristãos sentem-se obrigados a deixar, com sofrimento, a sua terra, emprobecendo assim o país em que viveram”, lamentou o Papa, na recitração do Angelus, na Praça de São Pedro, Vaticano.

Lembrando a celebração deste Dia Mundial, Bento XVI convidou a reflectir sobre “a experiência de tantos homens e mulheres, tantas famílias, que deixam o seu próprio país em busca de melhores condições de vida”.

“Estas migrações são voluntárias, às vezes, mas outras vezes são forçadas por guerras ou perseguições e acontecem, como sabemos, em condições dramáticas”, acrescentou, destacando a acção do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, actualmente presidido pelo português António Guterres.

Aos cristãos que fazem a opção de emigrar, o Papa pediu que essa decisão seja “uma ocasião para incrementar o dinamismo missionário da Palavra de Deus” e para que a fé atinja “novas fronteiras, novos ambientes”, atravessando “os povos e as culturas”.

O tema escolhido para a celebração, em 2011, foi «Uma só família humana», título da mensagem escrita pelo Papa e que, segundo Bento XVI, aponta “a meta da grande viagem através dos séculos: formar uma única família, naturalmente com todas as diferenças que a enriuecem, mas sem barreiras, reconhecendo-nos todos irmãos”.

Neste contexto, Bento XVI aludiu ao “oitavário pela unidade dos cristãos”, de 18 a 25 de Janeiro, e à Jornada do diálogo judaico-cristão, a 17, um momento que o Papa classificoucomo “muito significativo”, por recordar a “importância das raízes comuns que unem judeus e cristãos”.

OC

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