China pede ao Vaticano «condições favoráveis» para melhorar relações

Regime de Pequim reage a críticas deixadas por Bento XVI

O governo da China pediu nesta Terça-feira ao Vaticano a criação de “condições favoráveis” para melhorar as relações entre os dois Estados, reagindo às críticas deixadas pelo Papa na sua mensagem natalícia.

“Esperamos que o Vaticano reconheça a liberdade religiosa e o desenvolvimento do catolicismo na China, criando assim condições favoráveis para melhorar nossas relações”, declarou o porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros, Jiang Yu.

Na tradicional mensagem «Urbi et Orbi» de 25 de Dezembro, Bento XVI veio a público criticar directamente as “limitações” à “liberdade de religião e de consciência” dos católicos chineses.

Em 2010, contrariando uma prática que se mantinha há vários anos, o regime chinês ordenou um bispo sem o consentimento do Papa e a Associação Patriótica Católica (APC), subordinada a Pequim, promoveu uma assembleia de representantes católicos que gerou a ira do Vaticano.

Com as posições a extremarem-se, o Papa enfrenta um dos desafios mais sérios do seu pontificado, dado que a unidade entre a APC e a chamada Igreja “clandestina” – fiel a Roma e fora do controlo directo da China – parece agora pouco mais do que uma miragem.

A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.

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