As escolas particulares não chegaram hoje a acordo com o Governo em relação aos contratos de associação, tendo proposto um financiamento de 90 mil euros por turma/ano, mais dez mil euros do que a oferta da tutela.
No final de uma reunião no Ministério da Educação, o presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular (AEEP) revelou que o valor proposto pelo Governo, 80 mil euros, “não chega para sobreviver”, temendo por isso “que várias escolas venham a encerrar”.
“Era importante dar um sinal de estabilidade às escolas. Para isso era necessário que o ministério renovasse todos os contratos para que depois se pudesse negociar e avaliar”, afirmou aos jornalistas João Alvarenga, depois de reunir com a ministra da Educação, Isabel Alçada, e com o secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata.
A posição do Governo para o sector têm sido fortemente contestada pela Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC) e pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Recorde-se que o ensino particular e cooperativo abrange hoje em dia cerca de 500 escolas – 99 delas com contratos de associação com o Estado – servindo 80 mil alunos e empregando mais de dez mil profissionais da área educativa.
Redacção / Lusa