Manter viva a tradição do presépio

Bento XVI dedica audiência pública à celebração do Natal, apelando a uma preparação interior

Bento XVI deixou hoje votos de que a tradição do presépio, representação do nascimento de Jesus, se mantenha viva “nas casas, nos locais de trabalho e nos pontos de encontro” como um “sinal característico” do Natal.

Na audiência pública desta semana, no Vaticano, o Papa disse que “o presépio é expressão de nossa expectativa, mas também acção de graças àquele que decidiu partilhar a nossa condição humana, na pobreza e na simplicidade”.

Perante milhares de peregrinos reunidos na sala Paulo VI, Bento XVI pediu que “este genuíno testemunho de fé cristã possa hoje oferecer a todos os homens de boa vontade um sugestivo ícone do amor infinito do Pai para com todos”.

Para além da simbologia natalícia, o Papa aludiu à importância desta celebração no meio da vida “frenética” dos nossos dias.

“No meio da actividade frenética dos nossos dias, possa este tempo natalício trazer-nos um pouco de calma e tanta alegria, fazendo-nos sentir a bondade do nosso Deus que Se faz menino para nos salvar e dar nova coragem e nova luz ao nosso caminho”, declarou.

O Natal, referiu, permite “tocar a bondade do nosso Deus, que se fez criança para nos salvar e dar nova coragem e nova luz ao nosso caminho”.

Bento XVI pediu que os cristãos não se mostrem apenas “empenhados em tornar mais linda e atraente a realidade exterior”, preparando também interiormente a “vinda” de Jesus.

“Purifiquemos a nossa consciência e a nossa vida daquilo que é contrário a esta vinda, pensamentos, palavras, atitudes e acções, estimulando-nos a fazer o bem e a contribuir para a realização neste nosso mundo da paz e da justiça para cada homem e a caminhar assim em direcção ao Senhor”, precisou.

“Deixemo-nos surpreender e iluminar por esta vinda da estrela que surgindo no Oriente, inundou de alegria o universo”, acrescentou.

Em português, Bento XVI falou no “tempo próprio da Liturgia, que actualiza o mistério, está para chegar o Deus Menino, nosso Salvador: Aquele que, depois da desobediência de Adão e Eva, nos abraça de novo e abre o acesso à vida verdadeira”.

“Ele vem para reduzir à impotência a obra do maligno e tudo aquilo que nos faz andar longe de Deus. O Verbo feito menino ajuda-nos a compreender o modo de agir de Deus, para sermos capazes de nos deixar transformar pela sua bondade e misericórdia infinita”, afirmou ainda.

Para o Papa, esta celebração deve servir para que os cristãos aprendam a “a ver e a amar os acontecimentos da vida, o mundo e tudo aquilo” que os rodeia com “os próprios olhos de Deus”.

Aos peregrinos de língua portuguesa, Bento XVI deixou “votos de um santo Natal, portador das consolações e graças do Deus Menino: nos vossos corações, famílias e comunidades, resplandeça a luz do Salvador, que nos revela o rosto terno e misericordioso do Pai do Céu”.

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Agência ECCLESIA

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