O doce e o amargo do Ano Europeu do Combate à pobreza

A avaliação de Edmundo Martinho sobre o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social

Um ano com “sabor doce e amargo”. Foi desta forma que Edmundo Martinho classificou o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (AECPES). Em declarações à Agência ECCLESIA, o Coordenador Nacional do AECPES sublinhou que se tivesse de escolher um predominante “escolhia o doce”.

Na sessão de encerramento nacional do AECPES, realizado ontem (10 de Dezembro) na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, Edmundo Martinho adianta que existe “a esperança da possibilidade de mudar”. Quem é pobre “não coloca a questão da escolha” mas “consegue manter a esperança”.

Apesar da pobreza – tanto em Portugal como nos outros países – ter aumentado, Edmundo Martinho reconhece que “a situação está difícil para as famílias e para os cidadãos”. “Temos de ser capazes de alterar a situação” – frisou.

Enquanto existir pobreza “temos de continuar a lutar” para que “ela seja eliminada”. Uma responsabilidade “de todos” – salienta Edmundo Martinho. A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Helena André, disse também aos jornalistas “que estamos a seguir com muita atenção estes problemas” e “a rede social montada no país contribuirão para que possamos enfrentar os próximos anos com muita esperança”.

“Trabalhar em conjunto” foi a expressão utilizada pela ministra do Trabalho e da Segurança Social para “evitar as situações de exclusão”. E acrescenta: “a luta contra a pobreza não se faz, exclusivamente, com dinheiro”.

Com uma perspectiva optimista, Helena André realça que “se a nossa economia continuar a crescer podemos contribuir com a redução de 200 mil pobres”. E finaliza: “erradicar a pobreza é um objectivo de toda a sociedade e não só do Estado”.

Em declarações à Agência ECCLESIA o Pe. Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, disse que este ano “foi um paradoxo”. Os “políticos confundiram a pobreza com o impacto crise”. E conclui: “as medidas tomadas não visavam combater a pobreza, mas a crise que se instalou entre nós”.

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