A percepção que os portugueses têm sobre os grupos mais vulneráveis à pobreza mudou em cinco anos: em vez dos doentes ou deficientes, hoje são as relações laborais que parecem definir as situações de risco.
A mudança percebe-se através da comparação dos resultados de um estudo realizado há cinco anos e outro que foi divulgado hoje sobre a percepção da pobreza em Portugal.
O estudo, divulgado neste Dia Internacional dos Direitos do Homem, foi efectuado pela Rede Europeia Anti-Pobreza (REAPN), Aministia Internacional-Portugal (AIP) e Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações, do Instituto Superior de Economia e Gestão-Universidade Técnica de Lisboa (SOCIUS/ISEG-UTL).
O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, padre Jardim Moreira, sublinhou que é preciso rever os critérios que definem o limiar da pobreza, apesar de reconhecer que já foi pior.
“Recordo-me que antes o critério de pobreza era apenas um critério económico, mas agora já se começa a considerar também um critério de bens que se possuem”, disse.
Redacção/Lusa