Fecho da Delphi da Guarda é exemplo de «ausência de ética» e de «responsabilidade social», diz D. Manuel Felício

O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, não compreende o encerramento da fábrica Delphi local, ao mesmo tempo que a empresa está a “sobrecarregar” a produção na unidade de Castelo Branco.

“Está a assistir-se à ausência de ética nos processos de produção”, afirmou o prelado à Lusa, que lamenta a perda de postos de trabalho na Guarda enquanto que em Castelo Branco os operários trabalham “noite e dia”.

“O lógico era que a empresa, em vez de concentrar tudo na mesma fábrica, distribuísse a produção” pelas duas unidades, defendeu o prelado, acrescentando que “gostaria de ver os critérios éticos mais bem aplicados”.

“Quando se fecha uma fábrica destruindo mil e tal postos de trabalho, numa cidade como a nossa, todos lamentam” a situação, afirmou.

Depois de salientar que este caso é um exemplo de ausência de “responsabilidade social”, D. Manuel Felício sublinhou que é necessário “não ficar de braços cruzados e ajudar as pessoas a aproveitarem todas as oportunidades para as relançar na linha do trabalho”.

“Há iniciativas e incubadoras de empresas e, se há verbas para a formação, deverão ser canalizadas para a formação aplicada”, assinalou.

A fábrica da Delphi na Guarda vai fechar a 31 de Dezembro, causando o despedimento de 321 trabalhadores.

A administração da multinacional justificou o encerramento da unidade fabril com a necessidade de “consolidar todo o negócio de cablagens série em Portugal na sua fábrica de Castelo Branco”.

Com Lusa

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