Advento na escola: esperança em Deus e nos homens de amanhã

Natal é propício à transmissão de valores mas é preciso respeitar a liberdade dos alunos, diz director das Oficinas de São José

As Oficinas de São José, em Lisboa, querem tornar o Advento um tempo em que a esperança espiritual se alia à expectativa de um futuro de sucesso para os seus estudantes.

“Que melhor caminhada fazer com os alunos se não acreditando que eles são os homens de amanhã, e que nós temos muita esperança no trabalho que estão a fazer?”, pergunta o padre Artur Pereira, director do estabelecimento de ensino pertencente aos Salesianos.

Para esta congregação católica dedicada à educação da juventude, a excelência da formação técnica deve ser acompanhada pela atenção dada à transmissão de valores, “sobretudo na sala de aula, que é onde o aluno passa a maior parte do tempo”.

O sacerdote considera que a escola é um “espaço privilegiado” para o “reconhecimento do outro como irmão, como igual, como alguém que precisa de atenção, solicitude, proximidade, presença e solidariedade, palavra tão gasta mas tão pouco experimentada”.

“O que acontece na escola, num período tão favorável ao crescimento, é como numa planta: se a cuidamos, cresce de forma harmónica; e isso acontece também com as pessoas”, refere o religioso, acrescentando que “os valores não se assumem de repente, mas aos poucos”.

Em entrevista ao programa da Igreja Católica na Antena 1, o padre Artur Pereira sublinha que as quatro semanas antes do Natal podem ser um espaço de maior abertura pessoal para a dimensão religiosa, mas está consciente de que “propor caminhada não é impor caminho”, mas apenas “indicá-lo”.

“A escola propõe valores. Neste Advento pode fazê-lo de forma mais incisiva, até porque o ambiente natalício é propício a isso. Mas é necessário respeitar muito a liberdade dos filhos de Deus”, sublinha.

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