A Igreja Católica da República Democrática do Congo quer ver um poder político mais preocupado com o bem comum. Perante o actual estado de guerra que afecta o leste do país, o arcebispo de Kinshasa, D. Laurent Pasinya, fez um apelo às autoridades congolesas, para que correspondam aos anseios do povo e trabalhem em favor da paz.
Numa celebração eucarística realizada no Estádio dos Mártires, na capital congolesa, o prelado recordou a todos, particularmente ao Presidente da República Joseph Kabila, que “o poder só tem sentido quando cuida das pessoas, dos pobres e marginalizados”.
Durante a sua homília, publicada dia 7 de Dezembro pela Rádio Vaticano, o arcebispo congolês destacou a mensagem de Bento XVI, “que pediu para se utilizarem todos os caminhos do direito nacional e internacional, a fim de terminar com a guerra”.
D. Laurent Pasinya fez também uma proposta aos grupos armados: que deponham as suas armas, construam a paz e caminhem para a reconciliação.
A Igreja Católica congolesa lamenta que o estado de guerra esteja a contribuir para o crescente empobrecimento das populações, denunciando também a exploração negativa dos recursos naturais do país, levada a cabo por companhias estrangeiras.