Viana: celebração na Catedral encerrou as comemorações dos 33 anos da Diocese

D. Anacleto Oliveira desafiou à viver de Deus e para Deus

D. Anacleto Gonçalves incentivou os  diocesanos de Viana do Castelo a «viverem de Deus e para Deus», condição fundamental para vencer a morte.

O Prelado vianense falava na Sé Catedral durante a cerimónia de encerramento da Semana da Diocese, por ocasião dos 33 anos do seu nascimento, na qual várias comunidades partilharam dos seus bens materiais nume expressão de comunhão.

Quem optar por uma vida de sintonia com Deus, «não vive a curtir a vida», mas trabalha empenhadamente num esforço de vida «partilhado e dado naquilo que recebe», «dá-se nos outros», prolongando-a para além de si próprio. Prolonga-a, frisou o Bispo de Viana, «na vida daqueles» a quem se deu, que, por sua vez, «se entrarem na mesma dinâmica», vão criar um ciclo de eternidade que vence a barreira do tempo e do espaço».

Porém, advertiu, se nos fecharmos em nós próprios, se nos deixarmos encarcerar no «ambiente caduco da nossa existência» depressa passamos a fazer parte do número daqueles que, negando a ressurreição, vivem como se tudo acabasse com a morte.

Necessitamos, recomendou o Prelado, de fazer a experiência salvífica de Moisés  de uma «Deus dos vivos».

A base da nossa existência, enfatizou, está no «mistério do dom da vida e da vitória sobre a morte». Cristo venceu a morte porque viveu como viveu e atingiu o auge na sua morte, cuja tragédia da morte «não significou a perda da vida, mas a entrega dessa vida».

Não deixando de notar que «a casa não está cheia», numa referencia ao número de fiéis que participaram na celebração, D. Anacleto salientou que os que estavam eram «muitos mais» porque estavam em representação de comunidades e traziam uma oferta material de partilha da vida a que se vinha a referir.

Esta oferta, referiu, significa «perda de vida» nas canseiras e nos trabalhos para a «dar aos outros» e, por isso, «tem um valor enorme», não só para quem recebe, mas também para quem dá.

D. Anacleto recordou uma «imensidão» de outras ofertas de muitos que, por essa diocese além, se entregam em serviços e ministérios para que «outros vivam» construindo com Deus «a sua própria ressurreição».

Estas ofertas juntam-se às que vão ao altar, onde o pão e o vinho, frutos da terra e do trabalho do homem, onde «Cristo se faz corpo e sangue para se fazer nosso corpo e nosso sangue» até à Ressurreição.

O Bispo agradeceu as ofertas recebidas pelo seu «significado profundo» porque, além de permitirem a vida das estruturas diocesanas, são das «expressões mais belas daquilo que nós podemos e devemos fazer para obter a ressurreição de entre os mortos».

Paulo Gomes

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