Bento XVI consagrou Sagrada Família

Dedicação da basílica, de Antoni Gaudí, constituiu o momento alto da passagem por Barcelona

Bento XVI presidiu este Domingo à Missa em que dedicou a basílica da Sagrada Família, o templo que consagrou o génio do catão Antoni Gaudí, em Barcelona. Depois de ter percorrido em papamóvel cerca de 3,5 km, acompanhado por milhares de fiéis, o Papa encontrou-se com os Reis de Espanha, já no interior da igreja, onde estão cerca de 7 mil pessoas.

Fora da nova basílica estavam cerca de 50 mil pessoas, que puderam acompanhar a cerimónia através de 33 ecrãs gigantes, tanto nas ruas das imediações como na Praça Monumental

Pelas 10h00, começou a celebração eucarística com a dedicação da igreja e do altar, celebração que segue uma prática muito antiga nos ritos litúrgicos, tanto do Oriente como do Ocidente. O rito da dedicação iniciou-se com a entrada na igreja, em procissão, depois de o Papa ter pedido que a porta fosse aberta.

Habitualmente reservado ao bispo da diocese, o rito é presidido por Bento XVI, em Barcelona, tendo em conta o significado universal do edifício. As boas-vindas foram oferecidas pelo arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, que falou em catalão e espanhol, assegurando que a visita papal era esperada “com júbilo”.

O actual arquitecto principal, Jordi Bonet Armengol, ofereceu uma breve explicação sobre a construção da igreja e o Papa entrega a chave da porta principal do templo ao sacerdote responsável pela mesma, padre Lluis Bonet.

Seguiu-se a aspersão, com água benta: o presidente da celebração benze a água e com ela asperge os participantes na celebração e o ambão. Seis ministros aspergiramm as paredes da igreja.

Depois da homilia e das ladainhas, teve lugar propriamente o rito da dedicação, que simboliza a intenção de consagrar a igreja a Deus.

Com Bento XVI celebraram 25 cardeais, bispos -incluindo D. Manuel Clente, bispo do Porto – e padres, num total de 1100 membros do clero, que se somaram a 450 religiosos e religiosas e 800 cantores.

Concluída a Missa, o Papa dirigiu-se para a fachada do presépio da Sagrada Família e, dirigindo-se aos participantes no exterior do templo, rezou o Angelus e dirigiu algumas palavras e saudações em diversos idiomas.

Depois, entrou novamente no templo para descobrir a placa comemorativa com a nomeação da igreja de Gaudí como basílica.

A cerimónia decorreu com um atraso significativo, seguindo-se  o almoço com cardeais, bispos e o seu séquito no palácio episcopal.

A última visita de um Papa à cidade catalã tinha acontecido no pontificado de João Paulo II. O Papa polaco esteve em Barcelona em 1982, curiosamente, também num Domingo dia 7 de Novembro.

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