Palestina e Iraque na Mensagem Final do Sínodo

Texto condena também a «violência, o terrorismo e extremismo religioso»

Depois de terem pedido que a Comunidade Internacional e, em particular a ONU, adoptem as medidas necessárias para pôr termo à ocupação dos diferentes territórios árabes segundo o mandato das resoluções do Conselho de Segurança os padres sinodais afirmam: “o povo palestiniano poderá assim ter uma pátria independente e soberana e viver ali em dignidade e estabilidade, enquanto que o estado de Israel poderá gozar a paz e a segurança dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente” – realça a Mensagem Final do Sínodo para o Médio Oriente.

A Cidade Santa de Jerusalém – acrescentam depois – poderá encontrar o estatuto justo que respeitará o seu carácter particular, a sua santidade, o seu património religioso para cada uma das três religiões, judaica, cristã e muçulmana.

Firmeza na fé, colaboração na unidade e comunhão no testemunho são os três apelos contidos na Mensagem final do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, apresentado e votada na tarde de ontem (22 de Outubro).

O documento, escrito em italiano, inglês, francês e árabe foi lido na aula sinodal por D. Cyrille Bustros e D. William Shomali, respectivamente presidente e vice-presidente da comissão sinodal para a Mensagem

Aos fiéis é pedido perseverança nas dificuldades, aos padres que dêem o bom exemplo e aos leigos que tenham a coragem de dizer a verdade com objectividade. Aos jovens apelam para que “superem o materialismo e consumismo”.

Em relação ao diálogo – ecuménico e inter-religioso – o primeiro deve prosseguir, trabalhando juntos pelo “bem dos cristãos”; o segundo deve ser articulado com judeus e muçulmanos “evitando desequilíbrios e promovendo a justiça e a paz”.

Acerca do aspecto político, o Sínodo chama a atenção aos governos locais e à comunidade internacional, para que “tutelem o direito de cidadania, a liberdade de consciência e de culto”.

Para o conflito entre israelitas e palestinianos, “a solução dos dois estados seja uma realidade e não permaneça um sonho, afirma a Mensagem e o “Iraque veja o fim de uma guerra assassina”.

Na sua mensagem final os padres sinodais condenam depois a violência e o terrorismo, qualquer que seja a sua origem, e o extremismo religioso.

Condenam todas as formas de racismo, antisemitismo, anticristianismo e islamofobia e pedem às religiões que assumam as suas responsabilidades na promoção do diálogo das culturas e das civilizações na região do Médio Oriente e no mundo inteiro.

Segundo os padres sinodais é tempo de “nos empenharmos juntamente por uma paz sincera, justa e definitiva. Nós todos somos interpelados pela Palavra de Deus que fala de paz”.

“Não é permitido – recorda depois a mensagem final do Sínodo para o Médio Oriente – fazer recurso a posições teológicas bíblicas para fazer delas um instrumento que justifica as injustiças”.

Com Radio Vaticano

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