Os riscos de ser católico no Paquistão

Bispo paquistanês está em Portugal para falar de Liberdade Religiosa

O Bispo de Lahore, no Paquistão, D. Sebastian Shaw, está a visitar Portugal, a convite da Fundação AIS e falará sobre os riscos de ser católico

De hoje (15 de Outubro) a 21 deste mês, o Bispo de Lahore dará relevo ao extremismo e o aumento da violência contra a Igreja Católica no Paquistão, que se somam aos dramas do terrorismo e da crise humanitária provocada pelas recentes cheias.

No próximo Domingo, 17 de Outubro, presidirá à celebração eucarística (transmitida pela TVI) do Mosteiro de Singeverga (dos Beneditinos), em Santo Tirso.

Na Igreja do Santíssimo Sacramento, Lisboa, dará, dia 19 de Outubro, uma conferência «Paquistão: Ser católico pode custar a vida». Para além da conferência de D. Sebastian Shaw, o chefe de redacção da Agência ECCLESIA, Octávio Carmo, falará também sobre «A questão da Liberdade Religiosa no Mundo – os casos mais graves». Catarina Martins, Directora da Fundação AIS, fará uma breve apresentação do Relatório do Paquistão e lançamento da campanha

O cristianismo no Paquistão
No Paquistão, os cristãos são pouco mais de dois milhões numa população de 175 milhões de habitantes, na sua esmagadora maioria muçulmanos.

A Igreja Católica está organizada em sete dioceses onde mais de 270 sacerdotes trabalham na pastoral, ajudados por 735 religiosas de 27 congregações e um grande número de catequistas leigos.

Uma das grandes ameaças à liberdade religiosa é a lei anti-blasfémia, a qual estabelece que qualquer ofensa por palavras ou actos contra o Alá, Maomé ou o Corão, denunciada por um muçulmano e sem necessidade de testemunhos ou provas adicionais, pode determinar o julgamento imediato e a condenação à prisão de qualquer pessoa.

A Fundação AIS uniu a sua voz às vozes da sociedade civil, da Igreja no Paquistão, do Conselho Mundial de Igrejas e outras instituições internacionais, pedindo a abolição de uma lei que viola a liberdade civil e religiosa, sendo ainda “a maior fonte de perseguição das minorias religiosas”.

No Paquistão os cristãos são marginalizados por causa da pobreza e muitas famílias não podem financiar os estudos dos filhos, sendo estes muitas vezes obrigados a frequentar escolas corânicas, onde nem sempre se educa para o convívio social.

A AIS apoia ainda vários projectos no país, incluindo o apoio ao centro “Don Bosco Technical Center”, precisamente em Lahore, muito procurado pela qualidade da formação profissional que ministra a mais de 140 jovens.

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