Lamentou o Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social na homilia da celebração de encerramento da XXVI Semana da Pastoral Social.
O Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo, afirmou na homilia de encerramento da XXVI Semana da Pastoral Social, decorreu em Fátima, de 14 a 16 de Setembro, que “a grande contaminação do individualismo e do domínio sobre os outros atinge-nos”. “Taparam os pobres com as vitórias dos ricos” – referiu.
O pecado social “fere sobretudo os pobres e excluídos, chegando a destrui-los como pessoas”. Para alterar o rumo dos acontecimentos é essencial a “mudança de estilo de vida” que “implicará compromisso comunitário e revolução na mentalidade dos gestores e dos agentes políticos” – pediu o prelado.
«Dar-se de verdade – para um desenvolvimento solidário» foi o tema desta semana promovida pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e que congregou cerca de 500 participantes. Na homilia, o prelado salientou ainda que a “gravidade do pecado pessoal pode medir-se pela intensidade dos seus vínculos com o pecado social”. No entanto, para que este pecado seja superado – “seja dos drogados ou dos banqueiros” – é fundamental um “encontro que aproxime do dom, chegue à delicadeza do perdão, converta o interior e transforme a posse em dádiva”.
“A profunda mudança de estilo de vida implicará compromisso comunitário e revolução na mentalidade dos gestores e dos agentes políticos” – referiu D. Carlos Azevedo.
Durante os três dias, vários oradores apontaram pistas para um verdadeiro desenvolvimento solidário e olharam para a condição pecadora da sociedade. “O pecado é inicialmente de pessoas concretas, mas plasma-se em relações, situações e organizações negadoras da pessoa e contrárias ao plano de Deus” – frisou D. Carlos Azevedo. E revela: “Pode parecer estranha a expressão «solidariedade no mal», mas é poderosamente verdadeira” porque “os meus pecados são de todos e prejudicam a todos” e “os dos outros são meus e prejudicam-me”.
O corpo social é afectado pelo “assédio da maldade, sem respeito pelo bem comum, insensível aos pobres”. Baseando-se nos textos litúrgicos do dia, o Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social apela a caminhos de conversão porque “fomos educados no pecado de não «ver isto»”.