Mas «Estado nem sempre se portou bem com os ATLs» afirmou o Pe. Lino Maia
O Presidente da Confederação Nacional das Instituições Sociais, Pe. Lino Maia, reconheceu que as instituições sociais “têm dificuldades” mas quando “não têm dificuldades não estão a funcionar bem”, visto que “há sempre mais solicitações do que capacidade de resposta”.
No entanto, o sacerdote da diocese do Porto afirma que até ao momento “nenhuma instituição fechou portas por causa das dificuldades, da questão financeira”. “Há sempre uma comunidade que apoia, um dirigente que apoia, uma empresa que apoia, um engenho e uma arte que vem ao de cima” – refere.
Num painel sobre «Os desafios da Caritas in Veritate aos Centros Sociais Paroquiais», na XXVI Semana da Pastoral Social, o Pe. Lino Mais referiu aos cerca de 500 participantes que algumas dificuldades surgiram porque o “Estado nem sempre se portou bem com os ATLs, mas por causa da crise não houve nenhuma instituição que fechasse as portas”. E avança: “As instituições estão a responder a mais solicitações, a empregar mais gente e isto de facto é bonito.
Questionado pelos jornalistas, o Pe. Lino Maia afirma que os centros sociais paroquiais acabam por ser instituições sociais e “fazem um trabalho excelente, mas por vezes esquecem um bocado a sua origem – o centro social paroquial só tem legitimidade enquanto instituição criada por razões de caridade, não apenas de solidariedade social”. E acentua: “É importante preservar a matriz cristã”
Há problemas que aparecem no quotidiano das comunidades, perante esta situação o Pe. Lino Maia alerta para a resposta a estas novas situações. “Além de manterem as respostas que estão a dar, se abram de facto às situações de emergência que estão a surgir”.
E conclui: “É preciso incentivar o envolvimento da comunidade, porque esta quando vê que se responde a estas situações, a ela é generosa e está presente”.