Reitor denuncia campanha «caluniosa», reagindo a acusações divulgadas na Internet
O Santuário de Fátima voltou a manifestar-se contra o que classifica de acusações “falsas e caluniosas”, amplamente divulgadas na internet, segundo as quais, por ordem da Reitoria, são maltratados ou abatidos os cães ali encontrados.
“Trata-se de uma tentativa de denegrir a imagem do Santuário de Fátima e da Igreja Católica, pois a campanha foi habilmente lançada na véspera da chegada do Papa Bento XVI a Fátima, em Maio último”, indicam os responsáveis pela instituição.
Em comunicado, o padre Virgílio Antunes, Reitor do Santuário, lamenta a convocação de um “Protesto em Fátima – Dia 15 de Agosto de 2010 – Pela forma como são tratados os animais, nomeadamente cães na zona do Santuário”, promovido pela Associação Protectora dos Animais Abandonados de Fátima (APAAF) com o apoio do Núcleo de Ourém do Partido Pelos Animais (PPA).
Este responsável precisa, como em comunicado anterior, que as “imagens chocantes” que estão a circular via email e disponibilizadas numa página da rede social “Facebook”, que mostram cães enjaulados, “não foram captadas no Santuário”.
O Santuário de Fátima lembra que já foram apresentadas duas queixas junto da GNR, que levou a cabo as respectivas investigações, e que “não foram descobertos nenhuns animais mortos, indícios de maus-tratos ou actos que tipifiquem infracção”.
Para o Reitor do Santuário, “estamos diante de um caso de manipulação das massas através das redes sociais da Internet, onde as pessoas que recebem os textos difamatórios, não têm possibilidade de verificar a identidade dos remetentes nem a veracidade dos acontecimentos referidos”.
O padre Virgílio Antunes condena o “uso abusivo do nome do Santuário de Fátima, instituição querida a muitos milhões de cidadãos portugueses e estrangeiros, em função de uma campanha de defesa dos animais, por os seus autores saberem que esse nome tem um grande alcance mediático”.
“A defesa dos animais, uma causa muito nobre, não pode ser feita à custa do ataque a pessoas e instituições respeitáveis, nem à custa de calúnias e difamações, num desrespeito ignóbil pela verdade dos factos, como a referida campanha tem feito”, aponta.
O Santuário de Fátima admite, ainda, “agir judicialmente contra as entidades e pessoas promotoras da campanha difamatória contra si perpetrada”.
O comunicado identifica a origem de algumas das fotos utilizadas (cuja visualização pode ser chocante para alguns leitores), que podem ser encontradas aqui.