O Bispo Auxiliar de Braga D. António Couto desafiou este Domingo todos aqueles que integraram a Peregrinação Arciprestal de Barcelos ao Santuário de Nossa Senhora da Franqueira a viver numa nova cultura de confiança.
«Devemos viver numa nova cultura não agressiva, não azeda, não violenta, não mentirosa. Mas numa nova cultura de confiança, de carinho e de amor, que é a cultura que irradia sempre da figura de Maria», disse.
Para o prelado, se os cristãos derem as mãos, será possível construir verdadeiramente uma nova cultura, «em que o homem volte a ter coração, volte a ter sentimentos e deixe de ser, como diz Jeremias, como um espantalho no meio de um campo de pepinos».
«Às vezes, o homem, dado que não tem nada dentro, só tem exterior. E a cultura em que nós vivemos é muito isso. Quer-se fazer um homem sem coração, quer-se fazer um homem sem alma, sem música, sem emoção, um homem sem alegria, um homem sem ternura», disse.
Contudo, realçou D. António Couto, ao cristão compete inverter esta tendência e operar para que tal não aconteça. «Temos, irmãos, que fazer com que este nosso mundo seja habitado por seres humanos, sensíveis, atentos, dedicados, serviçais, verdadeiros filhos e verdadeiros irmãos», sustentou o Bispo Auxiliar de Braga.
D. António Couto pediu mesmo a Nossa Senhora da Franqueira para que ensine, outra vez, os homens e as mulheres «serem filhos verdadeiros e irmãos verdadeiros, com vísceras maternais de misericórdia, com amor, com Paz, com graça, com alegria e com música, porque Deus também habita nos louvores de Israel».
«Que o nosso coração produza música para que Deus esteja mais presente aqui neste alto do Monte da Franqueira. Daqui pode avistar-se uma grande paisagem. Não vos percais tanto na paisagem. Olhai mais para a paisagem que tendes sobre vós azulada, para a paisagem do céu e que Deus, do seu céu, nos abençoe e nos proteja», acrescentou.
Diário do Minho