D. Jorge Ortiga quer paróquias representadas nas JMJ de Madrid

Recepção da «Cruz dos Jovens» encheu igreja de São Victor, em Braga

O Arcebispo de Braga incitou este Domingo todas as paróquias da Diocese a estarem presentes na próxima edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que se realizam em Madrid (Espanha) de 16 a 21 de Agosto de 2011.

O desafiou foi lançado à chegada da “Cruz dos Jovens” a Braga, celebração a que D. Jorge Ortiga presidiu na igreja paroquial de São Victor.

«Seria bom que todas as paróquias fizessem o possível por ter alguém presente nas JMJ, não uma presença por estar presente, não uma presença de alguém que vai por curiosidade, mas alguém que é enviado com uma responsabilidade, não apenas para fazer coisas, mas para se encontrar com a Palavra de Deus», realçou o prelado.

A igreja de São Victor encheu-se de jovens e fieis de outras idades, provenientes de vários pontos da Diocese de Braga, para acolher a Cruz das JMJ que veio acompanhada de uma imagem (ícone) de Nossa Senhora, oferecida à juventude, tal como Cruz, pelo Papa João Paulo II, em 2003.

Passava pouco das 21h00 quando a Cruz dos Jovens, em madeira e com 3,8 metros de altura, foi pousada junto ao altar-mor da igreja de São Victor, depois de ter estado na Diocese de Viana do Castelo vinda de Santiago de Compostela onde decorreu a Peregrinação Europeia de Jovens.

Na homilia, o Arcebispo de Braga lembrou que a Cruz de Cristo é um sinal da redenção de Jesus de toda a humanidade e também, essencialmente, uma interpelação no sentido de que na Cruz os jovens devem reconhecer as cruzes dos jovens de hoje.

O presidente da Conferência Episcopal Porutugesa referiu que hoje há muitas cruzes de ordem material como a falta de emprego, que afecta particularmente jovens licenciados, ou a dificuldade de constituir famílias, entre outras situações.

Mas a grande cruz da juventude actual, considerou D. Jorge Ortiga, é o «não ter sentido na vida, o sentir-se perdido, sem grandes objectivos, sem grandes finalidades e sem grande esperança».

A passagem da Cruz dos Jovens pela diocese de Braga deve significar, disse o Arcebispo, como que um apelo para que os jovens olhem para os reais problemas da juventude e não pensem que a solução está noutras instâncias, mas pensem efectivamente na Igreja e a partir da Igreja encontrem soluções para esses problemas, particularmente naquilo que diz respeito a um sentido da juventude.

«Assim como a Cruz de Cristo é aurora, é abertura de uma esperança, era conveniente também que esta Cruz da Juventude significasse para os nossos jovens esse acreditar nessa aurora desse mundo melhor para a juventude», defendeu o prelado, notado, porém, que isto «não acontece por um milagre ou por acção de Deus como aconteceu na Cruz do próprio Jesus Cristo, exige trabalho, dedicação dos jovens».

A celebração iniciou-se com a entoação de um cântico de entrada, ao que se seguiu a apresentação de momentos simbólicos dos percursos da Cruz dos Jovens e das JMS. Depois de um hino rezado por dois coros, foi celebrada a Liturgia da Palavra.

A celebração inclui ainda a veneração da Cruz e várias preces. Depois da oração e bênção final, os fiéis seguiram em procissão até à Sé Catedral com a Cruz, que já esteve em Braga em Outubro de 2003, carregada por jovens. Pelo caminho foram entoados cânticos e meditadas as últimas palavras proferidas por Jesus Cristo no alto da Cruz.

Na Sé de Braga, a Cruz e o ícone mariano foram entregues a jovens que a levaram para Vila Real e Bragança.

A Cruz das JMJ foi entregue a jovens de Portugal numa celebração em Santiago de Compostela, que a trouxeram para Viana do Castelo e posteriormente para Braga numa carrinha de caixa fechada, a cargo dos respectivos Departamentos Diocesanos.

A Cruz vai peregrinar por Portugal até 20 de Agosto, incluindo uma passagem inédita pelos Açores. O percurso pretende motivar a participação no próximo encontro mundial dos jovens, que se realiza em Madrid, entre 16 e 21 de Agosto de 2011, dado que a Cruz e o ícone mariano que a acompanha, o mais importante de Roma, são os objectos materiais polarizadores da iniciativa.

Redacção/Diário do Minho

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