China quer melhorar relações com o Vaticano

A China quer “melhorar” as relações com a Santa Sé e está convencida de que a Igreja Católica continuará a crescer no país asiático “de modo saudável e estável”, declarou o embaixador chinês na Itália, Ding Wei.

Em entrevista a uma revista local, o diplomata falou dos bons vínculos bilaterais entre Pequim e Roma, e dos laços mantidos com o “pequeno Estado”, a “Cidade do Vaticano, sede do governo da Igreja Católica”.

“Estamos animados de boa vontade e desejosos de melhorar o relacionamento com a Santa Sé”, assegurou Ding Wei, enfatizando que, na China, “a liberdade religiosa está sancionada na Constituição”.

O embaixador comentou que a Igreja Católica, “como todas as grandes religiões, teve o seu papel na evolução do nosso mundo” e ressaltou que “a difusão do catolicismo tem muitos séculos de história”.

“Nós, chineses, estamos radicados no princípio, que reafirmamos, de amar a pátria, amar a Igreja e gerir de modo independente os assuntos religiosos”, continuou Ding Wei.

Para o restabelecimento de relações diplomáticas, a China exige que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan como país independente e que aceite também a nomeação dos bispos chineses por parte da Associação Patriótica Católica (APC), controlada pelo Estado.

A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.

Redacção/Ansa

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top