Japão: Igreja Católica recorda 65 anos do bombardeamento atómico

Conferência Episcopal promove «Dez dias pela paz», em memória das vítimas de Hiroshima e Nagasaki

A Igreja Católica no Japão promove uma iniciativa denominada “Dez dias pela paz”, lembrando as vítimas de Hiroshima e Nagasaki – as únicas cidades atingidas por bombardeamentos atómicos em tempo de guerra.

Em mensagem aos fiéis do país, D. Leo Jun Ikenaga, Arcebispo de Osaka e Presidente da Conferência Episcopal, anuncia que as celebrações vão começar a 6 de Agosto, dia da explosão da bomba nuclear em Hiroshima, para se encerrarem no dia 15 deste mesmo mês, recordando o final da II Guerra Mundial.

No texto, o Arcebispo destaca uma frase proferida por João Paulo II na sua visita a Hiroshima (1981): “Para recordar o passado, precisamos de nos empenhar pelo futuro”.

Nos dias 6 e 9 de Agosto de 1945, as referidas cidades japonesas foram completamente devastadas em alguns segundos por bombas atómicas dos EUA, que mataram cem mil pessoas em Hiroshima e 74 mil em Nagasaki.

O presidente da Conferência Episcopal nipónica apela a um esforço conjunto para abolir totalmente as armas atómicas. “No ano passado, em a visita a Praga, o Presidente dos EUA, Barack Obama, apelou a um mundo sem armas nucleares: palavras significativas; uma reflexão sobre os erros do passado”, indica.

D. Leo Jun Ikenaga lembra ainda a peregrinação da cabeça imagem de Nossa Senhora da igreja de Uragami (única parte da escultura que não foi destruída no bombardeamento) pelas dioceses dos EUA.

Para o Arcebispo, promotor da peregrinação, “a efígie do rosto de Maria, no qual ainda são visíveis os sinais da tempestade de fogo que se seguiu à explosão, é a imagem dos lamentos das vítimas dos ataques e de todas as pessoas atingidas por aqueles conflitos”.

Os bispos nipónicos reconhecem as culpas do Japão na história recente e convidam os católicos do país a rezar pela paz com determinação.

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