O restauro do órgão de tubos do século XVIII do mosteiro de São Gonçalo, em Amarante, transformou-se no novo cartão de visita do monumento.
“Todos sabemos que esta igreja é uma atracção da cidade. Muitas pessoas que vêm a Amarante visitam-na. Agora, com este instrumento, que é uma obra de arte esplendorosa, temos a certeza que o turismo deixará de ser apenas religioso, mas também cultural”, explicou o pároco de São Gonçalo, José Manuel Ferreira.
O trabalho de restauro ao nível dos tubos, talha dourada e estrutura foi realizado por especialistas ao longo de dois anos, embora o processo tenha começado há mais de uma década, quando foi apresentada, pelo pároco de então, Amaro Gonçalo, uma candidatura a fundos nacionais e europeus.
“Foi um trabalho difícil, de muita paciência, mas creio que o resultado final é muito bom, constituindo um motivo de orgulho para os amarantinos e para a região”, vincou o Pe. José Manuel Ferreira.
Os trabalhos custaram 330 mil euros, comparticipados pelo Programa Operacional da Cultura e pela Câmara Municipal de Amarante.
O pároco salienta também a importância que o órgão terá no enriquecimento das celebrações litúrgicas, o que também deverá atrair mais pessoas à igreja, incluindo turistas curiosos em conhecer a beleza e sonoridade do instrumento no acompanhamento das missas.
De acordo com a autarquia de Amarante, cujos técnicos acompanharam os trabalhos de restauro, “procurou-se recuperar o instrumento segundo a sua construção original, tendo como finalidade devolver-lhe a sua integridade histórica, técnica, estética e musical”.
O órgão foi completamente desmontado e limpo, os someiros – espécie de caixas onde se adaptam o fole dos órgãos – foram restaurados, assim como a mecânica das notas e registos.
Lusa / Diário do Minho