D. António Carrilho destaca prioridades para os sacerdotes de hoje
A Diocese do Funchal tem a partir do dia 24 de Julho três novos sacerdotes: Hugo Gomes (paróquia de Santana), Ricardo Freitas (Preces) e Luís Miguel Pedreiro (Santa/Porto Moniz). A cerimónia de ordenação na Sé do Funchal e foi presidida por D. António Carrilho.
Na sua homilia, o Bispo do Funchal falou da identidade do padre no contexto dos desafios nosso tempo, do “sacerdote da Nova Aliança” que “é ungido para anunciar a Boa Nova da Paz e da Alegria”.
“Também no contexto do mundo actual, o presbítero, que ama apaixonadamente a Deus e o seu povo, tem de aparecer como Sacramento de Cristo, Rosto visível do Amor e da Misericórdia junto de todos os homens e mulheres, mas sobretudo daqueles que mais precisam de ajuda, quando a tristeza, o vazio e a solidão se fazem sentir na suas vidas. Bento XVI recorda-nos que o sacerdócio não é uma simples ‘profissão’, mas sim um ‘Sacramento’: ‘Deus serve-se de um pobre homem a fim de estar, através dele, presente entre os homens, e agir em seu favor”, salientou.
Noutra passagem, e em referência “aos desafios das novas realidades sociais e culturais do mundo actual, sobretudo face ao relativismo moral e ao indiferentismo religioso”, D. António Carrilho afirmou que “o sacerdote há-de ser uma testemunha viva e contagiante do Amor infinito de Deus por cada homem e por cada mulher”; um “ser chamado a servir com humildade, alertar e libertar dos perigos com a força da Palavra de Deus e dos Sacramentos, sinais da Sua presença salvadora, prestando uma particular atenção às situações mais dolorosas da vida humana.”
“Face aos desafios da nossa sociedade globalizada, urge privilegiar a pastoral do acolhimento, a evangelização da cultura, da família, dos jovens, dos novos meios de comunicação e a preparação de agentes pastorais. Temos de nos capacitar sempre mais e preparar as nossas comunidades para corresponderem, com eficácia, às exigências dos tempos de hoje. Daí a necessidade da formação contínua, humana, teológica, espiritual e pastoral”, indicou.
Com as três ordenações, a Diocese do Funchal passa a ter 78 sacerdotes diocesanos, para além dos 20 padres religiosos de vários institutos. A média de idades é favorável, 41 têm menos de 60 anos. No contexto da Igreja portuguesa, o Funchal está no grupo daquelas dioceses que mais ordenações apresenta nos últimos anos.
Com Jornal da Madeira