Organismo consultivo vai analisar consequências da crise, em especial nos mais pobres
O Conselho Consultivo da Pastoral Social, organismo da Igreja Católica em Portugal, reúne-se esta Quinta-feira em Lisboa para analisar as consequências da “crise” que se instalou na sociedade portuguesa.
A reunião extraordinária foi convocada pelo presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo.
Na nota de convocatória, o Bispo auxiliar de Lisboa recorda que a referida crise “se vai agravar ainda mais na vida quotidiana de todos, em particular na dos mais pobres”.
D. Carlos Azevedo espera que nesta reunião se tracem “caminhos de esperança para aqueles que mais sofrem, nomeadamente por causa do desemprego, o peso de relações injustas que se estruturam de forma a fazer perdurar situações que se afastam cada vez mais da desejada equidade”.
“Seria bom que [..] pudéssemos dar um sinal da nossa preocupação com a situação concreta de tantos e tantas dos nossos irmãos e irmãs e manifestar a nossa disponibilidade de trabalhar em rede, num caminho de solidariedade capaz de restaurar a confiança no futuro”, assinala o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
No final dos trabalhos, pelas 17h00, tem lugar uma conferência de imprensa no edifício da Biblioteca da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa).
O Conselho Consultivo da Pastoral Social compreende as seguintes instituições: Cáritas Portuguesa, Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, Comissão Nacional Justiça e Paz, CNIS, Congregação das Irmãs do Bom Pastor, Conselho Nacional da Sociedade de São Vicente de Paulo, Coordenação Nacional da Pastoral Penitenciária, Coordenação Nacional das Capelanias Hospitalares, Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas.
A Igreja Católica promove já em Setembro a XXVI Semana da Pastoral Social, que tem como tema “Dar-se de verdade. Para um desenvolvimento solidário” e realiza-se em Fátima, (Centro Pastoral Paulo VI, Salão do Bom Pastor).
Esta acção pretende que todos os que de alguma forma intervêm nas instituições de acção social possam aprofundar as linhas da identidade cristã que as distingue e se sentirem animados num agir mais criativo e radical.