Embrião deve ter direitos iguais aos de um ser humano

Bispos alemães criticam Supremo Tribunal Federal, por aprovar um processo que, na fertilização «In Vitro», permite descartar embriões com dano genético

A discussão gira à volta do Diagnóstico Pré-Implantacional (DPI), um exame que pode ser utilizado, na fertilização “In Vitro”, para diagnosticar nos embriões a existência de alguma doença genética, antes da implantação no útero da mãe. No caso de existirem anomalias, o embrião pode ser descartado, se for essa a vontade dos progenitores. 

Num comunicado publicado na sua página oficial, a Conferência Episcopal Alemã critica a decisão do Tribunal “que declarou que um ginecologista que implemente o DPI não pode ser acusado de violar a lei de protecção de um embrião”.

Os bispos referem que “a matança dos embriões que, após confirmação de dano genético já não são colocados de volta ao útero da mãe, não pode ser aceite a vai contra a nossa própria ideia de ser humano”.

A aceitação do processo DPI, mesmo em pequena escala, é considerada pela Conferência Episcopal Alemã como “dizer que um embrião não é um ser humano”, reforçando que “não existem argumentos persuasivos que digam se, nesta fase, o embrião é mais um menos pessoa”.

O processo DPI foi tema central no 20º Encontro da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, que reuniu, já este mês em Roma, médicos, enfermeiros, embriologistas, geneticistas, grupos de defesa dos pacientes e os próprios pacientes que se submetem ao exame.

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