Papa confirmou demissão de Bispo alemão acusado de maus-tratos

Bento XVI recebeu no Vaticano D. Walter Mixa, bispo de Augsburgo, (Alemanha) acusado de maus-tratos e abusos contra jovens sacerdotes, que renunciou em Maio.

Em Maio passado, o Papa aceitara a renúncia do bispo de Augsburgo, que resignara no seguimento de denúncias que o acusavam de ter batido em antigos alunos de um orfanato católico.

D. Walter Mixa referiu então ter “consciência das minhas próprias fraquezas” em “40 anos de padre e 14 anos de serviço episcopal”. O prelado, também responsável pela pastoral das Forças Armadas, pediu perdão “a todos aqueles com quem possa ter sido injusto e a todos a quem causei problemas”.

O Bispo, que entrou na diocese de Augsburgo a 1 de Outubro de 2005, estava no centro de uma polémica depois de a imprensa ter publicado testemunhos de antigos alunos do orfanato católico de Schrobenhausen, que o acusavam de violências físicas cometidas nos anos de 1970 e 1980, quando era padre naquela comunidade.

Mais tarde, em entrevista ao semanário “Die Welt”, D. Walter Mixa falou de um complô para obrigá-lo a renunciar e manifestou o seu desejo de ser recebido pelo Papa e ser reintegrado.

Na audiência desta Quinta-feira, revela um comunicado da Santa Sé, a decisão de Maio foi “definitivamente confirmada”.

O Bispo Mixa vai retirar-se “para um tempo de silêncio, de recolhimento e oração” e só após um período de “cura e reconciliação” voltará a poder ter tarefas pastorais, “de comum acordo com o seu sucessor”.

Falando num “período de polémica, muitas vezes desmedida”, o Papa deixa votos de “reconciliação”, sobretudo com os “irmãos no ministério episcopal”.

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