Integrar a Igreja na cultura dos Media

Encontro Ibérico analisa relação com as novas tecnologias da comunicação

A Igreja Católica deve “integrar-se e integrar” a cultura dos Media, defendeu em Espanha D. Manuel Clemente.

“Como a Igreja é basicamente uma convivência, uma comunhão como nós dissemos, tem necessariamente de integrar e integrar-se nesta realidade, a cultura dos Media”, referiu à Agência ECCLESIA.

O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais participa no Encontro Ibérico das comissões Episcopais de Meios de Comunicação Social de Espanha e da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais de Portugal.

A iniciativa deste ano, subordinada ao tema “Igreja e novas tecnologias da comunicação: uma oportunidade para a missão pastoral”, decorre até 30 de Junho, na cidade de Málaga.

D. Manuel Clemente, considera que está em causa “uma cultura”, ou seja, “passar de uma concepção instrumental das novas tecnologias para uma concepção ambiental, é assim que nós convivemos”.

Para o prelado é importante “confrontar-nos” com o que se vai fazendo em Espanha, realçando por isso a importância deste tipo de encontros.

Já D. Joan Piris Frígola, Bispo de Lleida e presidente da Comissão Episcopal de Meios de Comunicação Social de Espanha (CEMCS), sublinha que as novas tecnologias são “um caminho novo, que ainda se está a abrir”.

“Mais do que aprender a utilizar instrumentos, há que dar-lhes a funcionalidade pastoral que devem ter, com presença nos meios, ajudando os profissionais desses meios”, declara.

“Entrar na rede”, acrescenta o Bispo de Lleida, é “um imperativo”.

Presente no encontro, D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa e coordenador geral da visita de Bento XVI a Portugal, destaca a importância das novas tecnologias para o “sucesso” da viagem realizada em Maio passado.

Esta plataforma mediática, recorda, “permitiu a muita gente anónima acompanhar a preparação, como permitiu a profissionais e jornalistas receber informação e depois poder desenvolvê-la”, tendo uma “fonte segura”.

Para além da partilha de preocupações comuns, os participantes contaram ainda com a ajuda de Daniel Arasa, professor de Comunicação Digital na Universidade Pontifícia da Santa Cruz (Roma).

Este especialista considera que para integrar as novas tecnologias nas instituições da Igreja é necessário ter “objectivos claros”, isto é, “saber o que querem fazer com a rede”.

A isto está ligada “uma equipa” e um “orçamento económico” que permita levar a cabo esses objectivos.

“No fundo, a comunicação na Internet, para as instituições da Igreja, não pode ser deixada à intuição”, aponta Daniel Arasa.

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