Beatificação dos pastorinhos mudou convicções da Igreja

A Igreja acreditava que as crianças não tinham a capacidade de praticar em grau heróico as virtudes cristãs

Antes da beatificação dos pastorinhos de Fátima, a Igreja acreditava que as crianças, devido à sua idade, “não tinham a capacidade de praticar em grau heróico as virtudes cristãs”, afirmou o cardeal português José Saraiva Martins.

“Lembro-me que neste caso verificou-se uma coisa muito interessante: chegaram a Roma milhares de cartas de todo o mundo, não só da parte de fiéis leigos mas também de bispos e cardeais que solicitavam a beatificação” de Jacinta e Francisco Marto, revelou o prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos.

Estes pedidos geraram uma reflexão dentro do dicastério e João Paulo II decidiu nomear uma comissão de peritos – teólogos, psicólogos, pedagogos – para examinar o problema.

“Logo depois de um estudo profundo, chegou-se a uma conclusão: as crianças são capazes de praticar as virtudes cristãs, naturalmente no modo possível para elas. Graças a esta conclusão foi possível proceder à beatificação”, explicou D. José Saraiva Martins ao jornal do Vaticano “L’Osservatore Romano”.

No que se refere à beatificação da Irmã Lúcia, a terceira vidente de Maria que faleceu em 2005, o Cardeal recordou que o processo ainda está na fase diocesana.

As aparições de Maria a Francisco, de nove anos, Jacinta, de sete, e Lúcia, de 10, ocorreram na Cova da Iria por seis vezes, de Maio a Ou­tu­bro de 1917, sempre no dia 13, excep­to em Agos­to, mês em que a manifestação se deu a 19, nos Valinhos, pelo facto de os três “pastorinhos” terem estado presos entre os dias 13 e 16, em Ourém.

Com Rádio Vaticano

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Agência ECCLESIA

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