Bento XVI quer que os responsáveis pelas dioceses sejam «pastores»
Bento XVI pediu aos Bispos de Portugal que estejam atentos aos padres e aos novos movimentos da Igreja, como pastores que promovem a comunhão entre todos.
“Os Pastores não são apenas pessoas que ocupam um cargo , mas eles próprios são carismáticos, são responsáveis pela abertura da Igreja à acção do espírito Santo”, disse no encontro com os prelados, em Fátima.
O Papa pediu que os Bispos redescubram “a paternidade episcopal sobretudo para com o vosso clero”.
“Durante demasiado tempo se relegou para segundo plano a responsabilidade da autoridade como serviço ao crescimento dos outros, e antes de mais ninguém dos sacerdotes”, afirmou.
Bento XVI confessou a sua “agradável surpresa” no contacto com os movimentos e novas comunidades eclesiais, mas deixou claro que “é preciso que estas novas realidades queiram viver na Igreja comum, embora com espaços de algum modo reservados para a sua vida”.
“Observando-os, tive a alegria e a graça de ver como num momento de fadiga da Igreja, num momento em que se falava do «Inverno da Igreja», o Espírito Santo criava uma nova Primavera”, disse ainda.
Bento XVI agradeceu também a “determinação” com que os Bispos de Portugal o acompanham num momento em que “o Papa precisa de abrir-se ao mistério da Cruz, abraçando-a como única esperança”.
O discurso papal retomou algumas das ideias lançadas durante o encontro prévio, com organizações sociais, deixando votos de que os responsáveis pelas Dioceses do nosso país consigam revigorar “sentimentos de misericórdia e compaixão capazes de corresponder às situações de graves carências sociais”.