Minutos depois da troca de palavras, o Pe. Noronha de Galvão relatou à Agência ECCLESIA este momento
Partiu de Lisboa com algumas dúvidas, mas em Fátima conseguiu cumprimentar Bento XVI. Referimo-nos ao Pe. Henrique Noronha de Galvão que foi orientado na sua tese de doutoramento por Joseph Ratzinger, o actual Papa. Depois de “rompido o muro de segurança, consegui estar ali a acolher o Papa. Acho que ficou contente de me ver” – relatou, minutos depois do encontro, à Agência ECCLESIA o Pe. Noronha de Galvão.
Desta vez “beijei-lhe o anel”, mas costuma dar-lhe “apenas um aperto de mão” nos encontros anuais em Castelgandolfo (Itália). E recorda as palavras trocadas: “Disse-lhe que finalmente o podia cumprimentar e não podia deixar e permitir que ele fosse embora de Portugal sem o ter cumprimentado”. Teve como resposta: “Isso era impensável”.
Falaram na língua alemã e teve também oportunidade de lhe transmitir que a visita dele “era muito importante e que o povo português o ama” – disse o amigo de Bento XVI.
A conversa durou cerca de um minuto. Bento XVI “perguntou-me também se ia à reunião dos antigos alunos”. A resposta foi afirmativa e o Papa disse-lhe: “até lá, vemo-nos, novamente, em Setembro”.
De Setembro de 2009 a Maio deste ano, o Pe. Noronha de Galvão não notou grandes diferenças em Bento XVI. “Estava muito bem disposto e não me deu a impressão de estar cansado”.
Uma simples conversa de amigos de longa data, mas ficaram prometidas “reflexões teológicas” em Castelgandolfo. Um momento “agradável”porque “senti que ele teve alegria em me ver”. E confidenciou: “iria um pouco triste para Lisboa se não tivesse a oportunidade de o cumprimentar”.
O Pe. Noronha de Galvão revelou também que Ratzinger para além de teólogo é “um homem da cultura”. E finaliza: “não sei se ele percebeu bem as comunicações em português, mas via-se que ele estava a ouvir com muita atenção”.