Bento XVI lembra exemplo dos Pastorinhos

Papa destaca importância das aparições para o mundo de hoje

O Papa destacou hoje em Fátima o exemplo dos três Pastorinhos, a quem Nossa Senhora apareceu em 1917, fazendo da Cova da Iria um “lugar bendito”.

“Mais sete anos e voltareis aqui para celebrar o centenário da primeira visita feita pela Senhora «vinda do Céu», como Mestra que introduz os pequenos videntes no conhecimento íntimo do Amor Trinitário e os leva a saborear o próprio Deus como o mais belo da existência humana”, disse na homilia do 13 de Maio, perante centenas de milhares de fiéis.

A peregrinação a Portugal, que vai no seu terceiro dia, acontece no 10.º aniversário da beatificação de Francisco e Jacinto, que faleceram pouco depois das aparições.

Lembrando a experiência dos Videntes, Bento XVI falou de “uma experiência de graça que os tornou enamorados de Deus em Jesus, a ponto da Jacinta exclamar: «Gosto tanto de dizer a Jesus que o amo. Quando lho digo muitas vezes, parece que tenho um lume no peito, mas não me queimo»”.

“E o Francisco dizia: «Do que gostei mais foi de ver a Nosso Senhor, naquela luz que Nossa Senhora nos meteu no peito. Gosto tanto de Deus»”, acrescentou o Papa, citando as Memórias da Irmã Lúcia.

O Papa admitiu que “ao ouvir estes inocentes e profundos desabafos místicos dos Pastorinhos, alguém poderia olhar para eles com um pouco de inveja por terem visto ou com a desiludida resignação de quem não teve essa sorte mas insiste em ver”.

“A tais pessoas, o Papa diz como Jesus: «Não andareis vós enganadas, ignorando as Escrituras e o poder de Deus?»”, indicou.

Numa alusão indirecta à questão da veracidade das aparições de 1917, Bento XVI defendeu que Deus “tem o poder de chegar até nós, nomeadamente através dos sentidos interiores, de modo que a alma recebe o toque suave de algo real, que está para além do sensível, tornando-a capaz de alcançar o não-sensível, o não-visível aos sentidos”.

“Para isso exige-se uma vigilância interior do coração que, na maior parte do tempo, não possuímos por causa da forte pressão das realidades externas e das imagens e preocupações que enchem a alma”, referiu, citando o comentário teológico sobre a Mensagem de Fátima que assinou, então como Cardeal, no ano 2000.

“Sim! Deus pode alcançar-nos, oferecendo-se à nossa visão interior”, completou.

O Papa apresentou os Pastorinhos como “exemplo e estímulo” para fazer da vida “uma doação a Deus e uma partilha com os outros por amor de Deus”.

“Nossa Senhora ajudou-os a abrir o coração à universalidade do amor. De modo particular, a beata Jacinta mostrava-se incansável na partilha com os pobres e no sacrifício pela conversão dos pecadores”, indicou.

Lúcia de Jesus, a principal protagonista das Aparições nasceu em 22 de Março de 1907, em Aljustrel, paróquia de Fátima, e faleceu no dia 13 de Fevereiro de 2005, em Coimbra

O Beato Francisco Marto, nasceu em 11 de Junho de 1908, em Aljustrel. Faleceu no dia 4 de Abril de 1919, na casa de seus pais.

Já a Beata Jacinta Marto nasceu em Aljustrel, no dia 11 de Março de 1910. Morreu em 20 de Fevereiro de 1920, em Lisboa.

Os dois Videntes mais novos foram beatificados por João Paulo II, em Fátima, a 13 de Maio de 2000.

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