Papa lembra passado «glorioso» de Portugal

Bento XVI pede contributo cultural e religioso do país na construção da Europa

Bento XVI lembrou hoje em Lisboa o “glorioso lugar conquistado por Portugal entre as nações”, numa homilia emocionada com várias alusões à epopeia dos descobrimentos.

Na primeira das três Missas a que vai presidir em território nacional, o Papa foi acolhido por uma multidão em festa, a quem lembrou o “serviço prestado à dilatação da fé” pelos católicos do nosso país.

“Nas cinco partes do mundo, há Igrejas locais que tiveram origem na missionação portuguesa”, disse.

Bento XVI não falou só do passado, destacando a importância do país na Europa, mensagem particularmente importante num momento em que Portugal se debate com uma forte crise financeira e económica.

“Hoje, participando na edificação da Comunidade Europeia, levai o contributo da vossa identidade cultural e religiosa”, pediu.

À imagem do que já fizera durante a viagem aérea entre Roma e Lisboa, o Papa saudou a capacidade de diálogo de Portugal com outros povos e culturas.

Segundo Bento XVI, os portugueses foram capazes de se abrir ao “contributo dos outros”.

“Nos tempos passados, a vossa saída em demanda de outros povos não impediu nem destruiu os vínculos com o que éreis e acreditáveis, mas, com sabedoria cristã, pudestes transplantar experiências e particularidades”, referiu.

O Papa saudou as autoridades civis e religiosas presentes no local – intervenção sublinhada com palmas pela multidão no Terreiro do Paço – destacando o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, de quem recebeu as chaves da cidade.

Falando à “Lisboa amiga, porto e abrigo de tantas esperanças”, Bento XVI disse: “Gostava de usar as chaves que me entregas para alicerçar as tuas esperanças humanas na Esperança divina”.

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