Bento XVI passou depressa demais

«Vale sempre a pena ver o Papa, ainda que seja por vagos 30 segundos»

“Passou muito depressa”, diz Emília Vaz, de 45 anos, sobre a passagem do “papamóvel” que transportava Bento XVI na Gago Coutinho, uma das mais largas avenidas de Lisboa.

Rapidamente lançam-se comparações sobre as visitas de João Paulo II à capital: “ia mais devagar”, “abrandava nos sinais”, dizem do grupo de 40 pessoas vindo da paróquia de São Maximiliano Kolbe.

Emília acredita que “temos de manifestar o que acreditamos” e diz ter sentido “alegria e muita paz” quando Bento XVI passou diante dos seus olhos, sentado no interior do carro branco que o transportava.

O Fr. Fabrizio Bordin, de 48 anos, integra a comunidade de quatro franciscanos que é responsável pela comunidade situada no bairro de Chelas.

Bento XVI “dá muito através da palavra”, sublinha o religioso, que destaca as suas “intervenções corajosas” e o seu “grande atrevimento”, que “sacodem a nossa consciência católica”.

“Vale sempre a pena ver o Papa, ainda que seja por vagos 30 segundos, frisa o diácono Ricardo Pinto, que lidera um grupo de sete estudantes do Seminário dos Olivais com bandeiras da instituição, do Vaticano e da Madeira.

Mais abaixo, cerca de 200 crianças do Colégio de São Vicente de Paulo sentam-se na borda do passeio para ver Bento XVI.

Para a Ir. Maria de Lurdes, de 60 anos, a presença dos alunos do 1.º ciclo (dos seis aos 10 anos) é também uma questão de educação: “Somos um colégio católico e por isso achamos que devemos transmitir às crianças que o Papa é o chefe da Igreja e o representante de Pedro”.

De Bento XVI, as crianças não sabem muito – é “simpático”, “representa Jesus na terra” – mas quando o Papa passa atiram-lhe flores, gesto que diz mais do que mil palavras.

 

 

 

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