Papa recorda dois Santos do século XIX para apelar ao empenho junto dos mais desafavorecidos
Bento XVI recordou esta Quarta-feira o serviço prestado por “tantos sacerdotes” em todo o mundo que “gastam” a sua vida de forma generosa.
Numa audiência em que recordou dois sacerdotes do século XIX, o Papa convidou os peregrinos a viver com “alegria e generosidade”, à imagem dos padres que “viveram o seu ministério na dedicação total aos mais pobres”.
A habitual catequese semanal foi dedicado a dois sacerdotes italianos, os Santos Leonardo Murialdo (1828-1900) e José Cottolengo (1786-1842).
“A raiz profunda e a fonte inexaurível da sua actividade estavam na sua relação com Deus, conscientes de que não existe caridade sem viver em Cristo e na Igreja”, disse o Papa.
Sobre S. Leonardo Murialdo, Bento XVI disse que este “experimentou a Misericórdia de Deus após uma crise existencial e espiritual na adolescência, e sentiu-se chamado ao sacerdócio, dedicando-se à juventude mais abandonada”.
“Não cessava de recordar a si mesmo e aos seus confrades a coerência com o sacramento recebido”, acrescentou.
De São José Cottolengo, o Papa citou um epeisódio em que o sacerdote “foi chamado para dar os últimos sacramentos a uma jovem mulher grávida que morria por falta de cuidados adequados”.
“Foi um sinal de Deus no seu caminho que o transformou: dali em diante seria «o ajudante da divina Providência» ao serviço dos mais necessitados. Nascia, assim, a Pequena Casa da Divina Providência, cujo coração pulsante eram os mosteiros de religiosas contemplativas que ele fundara”, precisou.
No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos de língua portuguesa, pedindo “orações por todos os sacerdotes, para que se dediquem sempre com mais generosidade a Deus e ao rebanho a eles confiado. E que Deus vos abençoe a vós e as vossas famílias”.