Bispos esperam clima de festa para Bento XVI

Os responsáveis pela Igreja Católica em Portugal esperam que a primeira visita de Bento XVI ao nosso país seja um momento marcante para todos, católicos ou não.

No dossier que a Agência ECCLESIA apresenta esta semana procura tomar-se o pulso às dioceses que acolhem no seu território o Papa Bento XVI.

Em Fátima, D. António Marto reconhece que a visita de Bento XVI “era um desejo desde há longo tempo cultivado, pelos menos desde 2007, no 90.º aniversário das aparições, e que agora se concretiza”.

Para o Bispo que acolhe o Papa no Santuário, este momento é encarado como “um reconhecimento da actualidade da Mensagem de Fátima para os tempos de hoje, que eu espero que ele desenvolva, e do carisma do Santuário, a sua importância, a sua relevância quer para a Igreja quer para o mundo, porque é um centro de peregrinação universal”.

A visita, conclui, vem “reavivar o afecto e a comunhão da Igreja com o Papa que é característico da mensagem de Fátima”, precisamente num momento “em que a Igreja é abalada por alguns casos”, refere D. António Marto, numa referência aos recentes escândalos de pedofilia envolvendo membros do clero.

É em clima de missão que Bento XVI será recebido no Porto, quando presidir à missa do dia 14 de Maio, na Avenida dos Aliados. A diocese multiplica-se em iniciativas desde o início do ano, na “Missão 2010” e é nessa dinâmica que D. Manuel Clemente entende a presença do Papa, um encorajamento para a aprofundar o “sentido missionário da existência cristã”.

Num clima de “grande alegria e grande expectativa”, o Bispo do Porto destaca a cooperação entre a Igreja e diversas instituições civis.

Clima justificado, tal como o seria “com outra entidade cultural, religiosa ou política que também tivesse uma grande expressividade e cá viesse, porque as nossas autoridades não têm para si uma convicção religiosa específica, mas serve os cidadãos, também nas suas convicções religiosas”.

D. Carlos Azevedo, coordenador geral da visita, fala, entre outros temas, do papel dos jovens ao longo destes dias: “A mensagem de esperança que Bento XVI envia aos jovens, o lugar que lhes está reservado nas celebrações mostra que, como povo de Deus, os jovens estão cada vez mais inseridos na comunidade e na pastoral. Não querendo criar um grupo à parte, também é bom o contacto directo”.

D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, assina para uma mensagem que está a ser divulgada nas cerca de 300 paróquias das 15 Vigararias da Diocese, num folheto com informações sobre o programa papal no dia 11 de Maio, bem como indicações sobre a melhor maneira de estar presente na missa que o Papa celebra às 18h15 desse dia, no Terreiro do Paço.

O Patriarca apela à presença física dos católicos nos vários momentos na capital. “Quem puder venha a Lisboa rezar com ele. Lisboa será preparada para vos acolher. Não é a mesma coisa ver pela televisão. Ele precisa de nos sentir com ele, unidos a ele, como membros da Igreja”, escreve D. José Policarpo.

“Eu espero que a Diocese de Lisboa vá recebê-lo, como se fosse o próprio Senhor”, sublinha ainda o Patriarca.

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Agência ECCLESIA

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