Maus exemplos e silêncio do clero impedem despertar das vocações

«Esta crise é de fermentação e de revigoramento» da Igreja, diz bispo de Beja

O bispo de Beja, D. António Vitalino, considera que “os maus exemplos de alguns ministros ordenados da Igreja e o silêncio e perplexidade de outros não ajudam no despertar das vocações”.

O prelado assinala que os escândalos ganharam maior relevo precisamente no “Ano Sacerdotal”, que a Igreja dedica aos padres, mas acredita que “esta crise é de fermentação e de revigoramento” dos organismos eclesiais e da sociedade, refere em texto divulgado esta Terça-feira.

Depois de sublinhar que os apóstolos são os modelos inspiradores do anúncio da mensagem cristã, o bispo realça o testemunho de todos os que “em ambientes de hostilidade e perseguição” se dedicaram à transmissão dos valores evangélicos, sobretudo dos que morreram nessa missão.

“Os jovens, as famílias e a sociedade precisam do bom testemunho daqueles que Deus chama para a missão da Igreja”, o mesmo acontecendo com “aqueles que começam a discernir os sinais do seu chamamento”, sublinha D. António Vitalino.

A mensagem, dedicada à 47.ª Semana Mundial de Oração pelas Vocações, que termina este Domingo, inclui um agradecimento a “todos os sacerdotes que, entre muitas dificuldades, se mantêm fiéis a Cristo e à sua missão” e pede aos católicos para rezarem pelas vocações, formadores e padres.

A palavra “vocação” é utilizada, entre outros sentidos, para designar o chamamento que Deus faz a uma pessoa para, se essa for a sua vontade, optar por um determinado estado de vida ou actividade que testemunhe e divulgue a mensagem cristã.

Esta Semana de Oração, que se realiza anualmente, expressa a convicção da Igreja de que as vocações são exclusivamente dadas por Deus, pelo que os católicos devem pedir-lhe que as suscite.

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Agência ECCLESIA

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