O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, refutou as denúncias do jornal alemão “Stern”, que Bento XVI de ter arquivado a investigação sobre pedofilia ligada ao religioso mexicano Marcial Maciel.
“É paradoxal e ridículo para pessoas informadas atribuir ao Cardeal [Joseph] Ratzinger qualquer encobrimento”, disse o director da sala de imprensa de Santa Sé em entrevista a uma agência católica austríaca.
Em 2006, após a análise das acusações, que datavam de 1998, a Congregação para a Doutrina da Fé, sob a orientação do novo Prefeito, Cardeal William Levada, decidiu “tendo em conta a idade avançada do Pe. Maciel, bem como a sua precária saúde – renunciar a um processo canónico e convidar o Padre a uma vida reservada de oração e penitência, renunciando a qualquer ministério público”.
Segundo o porta-voz do Vaticano, a pressão exercida pelo Papa foi o motivo pelo qual a culpa do sacerdote mexicano foi “determinada com segurança”.
Os responsáveis máximos dos Legionários de Cristo admitiram em comunicado que o seu fundador, Pe. Marcial Maciel, cometou abusos sexuais sobre seminaristas menores, pedindo desculpa por não ter ouvido os seus acusadores.
Num comunicado divulgado a 25 de Março, os responsáveis dirigem-se “a todos aqueles que tenham sido afectados, feridos ou escandalizados com as acções reprováveis do nosso fundador, o Pe. Marcial Maciel Degollado”.