A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, acolhe a 8 e 9 de Abril o Fórum Ibérico sobre a etnia cigana, como qual se pretende analisar a conjuntura desta população em Portugal e em Espanha.
A iniciativa tem como objectivo “capacitar as Federações e Associações de Ciganos promotoras do Fórum no sentido de liderarem a evolução da opinião, quer no seio da etnia cigana quer no âmbito da sociedade em geral”.
Os organizadores defende uma “implementação continuada e eficaz das soluções que forem consensuais”.
Esta Quarta-feira, um relatório apresentado pela Comissão Europeia sublinhava que os ciganos, a maior minoria étnica da União Europeia, continuam a enfrentar “a discriminação e a segregação de modo persistente”.
A Comissão Europeia instou os Estados-Membros a utilizar os fundos da UE para a integração social e económica dos cerca de 10 a 12 milhões de pessoas que constituem esta comunidade.
O Fórum Ibérico é organizado pela CIGLEI – Associação Cigana de Leiria; Associación La Frontera (Espanha); FECALP – Federação Calhim Portuguesa e a ONPC – Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos
A iniciativa vai desenvolver-se numa conferência multidisciplinar com a participação de uma ampla gama de conferencistas e participantes, destacando-se responsáveis ciganos.
Entre os principais problemas que enfrenta esta comunidade destacam-se os “baixos níveis de literacia”, “a exclusão social”, “as deficientes condições de habitação”, o “predomínio da forma de viver baseada no comércio ambulante e em feiras”.
Para os promotores do Fórum, é urgente “uma reflexão aprofundada e globalizante sobre a situação da etnia cigana, os seus problemas, as soluções e os casos de sucesso da sua inclusão”.